CAIXA afirma que MP do saque-aniversário não afetará financiamentos; CEF encerrou 2024 com R$ 832,1 bi em crédito imobiliário. Em Porto Alegre, taxa média de condomínio fica em R$ 398. XP lança linha de crédito com garantia de imóvel.
- Caixa fecha dezembro com R$ 832,1 bi em crédito imobiliário e afirma que MP do saque-aniversário não afeta setor
- Em Porto Alegre, taxa média de condomínio fica em R$ 398, mas em bairros nobres ultrapassa R$ 1.100
- Home equity: XP lança linha de crédito com prazo de até 20 anos
- Prédios exclusivos para aluguel ganham força no Brasil e empresas surfam na tendência
Caixa fecha dezembro com R$ 832,1 bi em crédito imobiliário e afirma que MP do saque-aniversário não afeta setor
A Caixa Econômica Federal afirma que a Medida Provisória (MP) do saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não afetará o financiamento imobiliário. Segundo o presidente da instituição, Carlos Vieira, os recursos bloqueados pelo saque-aniversário estão separados daqueles destinados ao financiamento de imóveis.
“Do ponto de vista contábil, estes valores [bloqueados pelo saque-aniversário] não fazem parte dos valores definidos pelo Conselho Curador […] Estes valores estão segregados”, afirmou Vieira em nome da caixa, em entrevista a jornalistas em São Paulo.
A resposta veio após críticas do setor da construção civil, representado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que expressou preocupação com possíveis impactos nos recursos para habitação e infraestrutura.
A MP, que será assinada pelo presidente Lula na sexta-feira (28), deve liberar cerca de R$ 12 bilhões do FGTS para saque, em duas etapas. A medida será retroativa, liberando apenas dinheiro já retido, e não contemplará usos futuros do saque-aniversário, afirma o governo. Para 2025, o Conselho Curador do fundo separou R$ 146 bilhões para financiamento imobiliário.
A Caixa Econômica Federal encerrou 2024 com um saldo de crédito imobiliário de R$ 832,1 bilhões, um aumento de 13,5% em relação a 2023.
De acordo com o banco, as contratações de crédito imobiliário somaram R$ 223,6 bilhões, marcando um crescimento de 20,6% e atingindo um recorde em financiamentos, com 803,4 mil imóveis adquiridos por 3,2 milhões de brasileiros. Além disso, os depósitos em poupança subiram 7,5%, atingindo R$ 385,4 bilhões.
Fontes: Diário Indústria e Comércio e CNN Brasil
Em Porto Alegre, taxa média de condomínio fica em R$ 398, mas em bairros nobres ultrapassa R$ 1.100
O preço médio do condomínio em Porto Alegre (RS) é de R$ 398, segundo levantamento realizado pela Lolt. Os bairros Jardim Europa, Moinhos de Vento e Bela Vista apresentam as taxas mais elevadas, superando R$ 1,1 mil mensais, segundo o estudo que analisou 25 mil imóveis anunciados para venda em janeiro de 2025.
Segundo o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, o valor da taxa condominial está diretamente relacionado à valorização do imóvel e à infraestrutura oferecida. “Em regiões de maior prestígio, a procura por serviços no condomínio é mais intensa, o que acaba elevando os custos”, afirma.
O valor do condomínio é considerado um dos três principais critérios na busca por imóveis, ficando atrás apenas da localização e das características do apartamento. “É um gasto fixo que impacta diretamente o orçamento mensal e, uma vez definido, é raro que sofra reduções ao longo do tempo”, ressalta Takahashi.
Analisando o valor proporcional à área, o Jardim Europa lidera com R$ 7,97 mensais por metro quadrado, seguido por Praia de Belas e Jardim do Salso. O estudo destaca que esses dois últimos bairros têm imóveis menores, mas com custo por metro quadrado mais elevado.
O ranking dos 10 bairros com as taxas condominiais mais altas em Porto Alegre ficou assim: Jardim Europa (R$ 1.200), Moinhos de Vento (R$ 1.100), Bela Vista (R$ 1.095), Independência (R$ 900) e Boa Vista (R$ 690), Mont’ Serrat (R$ 660), Rio Branco (R$ 650), Auxiliadora (R$ 600), Jardim do Salso (R$ 595) e Chácara das Pedras (R$ 580).
Fonte: Correio do Povo
Home equity: XP lança linha de crédito com prazo de até 20 anos
A XP acaba de entrar no mercado de empréstimos com garantia de imóvel, conhecido como home equity, que movimenta cerca de R$ 24 bilhões no Brasil. A nova linha de crédito oferece prazos de até 20 anos e taxas competitivas, com processo de contratação 100% digital.
“O setor está em expansão e a XP chega para disputar esse mercado e se tornar um dos principais players, oferecendo uma solução diferenciada”, afirmou Felipe Colin, head de Produtos de Crédito da XP.
A empresa visa oferecer uma alternativa para clientes que precisam de crédito sem comprometer seus investimentos. O processo de contratação leva cerca de 45 dias, um dos menores prazos do mercado.
Segundo Colin, o amadurecimento do mercado financeiro e o estabelecimento de regras mais claras têm impulsionado o crescimento dos empréstimos com garantias no país. “O governo vem trabalhando para construir um arcabouço legal mais seguro, estabelecendo as balizas para que esse mercado possa evoluir e se possa destravar o crédito”, avalia.
Segundo a XP, são 18 mil assessores de investimentos trabalhando para identificar oportunidades e sugerir o produto aos clientes. A empresa encerrou 2024 com uma carteira de crédito expandida de R$ 61,5 bilhões.
Fonte: Infomoney
Prédios exclusivos para aluguel ganham força no Brasil e empresas surfam na tendência
Em meio às transformações do mercado imobiliário brasileiro, um movimento chama atenção do setor: a rápida migração do sonho da casa própria para moradia de aluguel. Um exemplo desse movimento é o avanço dos empreendimentos multifamily – prédios construídos exclusivamente para locação. O modelo, já consolidado nos Estados Unidos, deve crescer 31,5% no Brasil até agosto de 2025, segundo previsão da consultoria Siila.
Atualmente, no Brasil, existem 9.200 imóveis multifamiliares, sendo que 30% foram entregues apenas no último ano. Estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná abrigam quase 50% desses imóveis
Especialistas apontam que apesar do número ser ainda pequeno, a velocidade com que este segmento cresce por aqui merece atenção. Nos EUA, o setor movimenta mais de US$ 3 bilhões por dia, com 21,3 milhões de unidades, conforme dados da TM3 Capital.
O Censo 2022 revelou que 20,9% dos domicílios brasileiros são alugados, um salto em relação aos 12,3% registrados no ano 2000. Essa tendência chama atenção de grandes investidores, como a Brookfield Properties, que adquiriu cinco mil unidades do portfólio da Luggo, empresa do grupo MRV&CO especializada em multifamily.
Nesse cenário, a CredAluga, fintech de tecnologia para imobiliárias, anunciou uma parceria com a Luggo. A startup fornecerá tecnologia para análise de crédito e fiança locatícia para até 50% das novas unidades da Luggo.
“Estamos no nascimento dessa indústria no Brasil. Grandes fundos internacionais já começaram a investir nesse modelo por aqui, e a tendência é que ele ganhe escala rapidamente”, afirma Daniel Santos, cofundador da CredAluga.
Fonte: Exame