Mudança no financiamento com FGTS garante mais recursos para usados. Preços anunciados em Porto Alegre estão 41% acima do valor recomendado, aponta Loft. Construção deve crescer 2,3% em 2024, acima da expectativa anterior, diz Cbic.
- Mudança no financiamento com FGTS garante mais recursos para imóveis usados
- Serraria lidera lista de bairros com preços mais inflacionados em Porto Alegre, aponta IPR-Loft
- Construção deve crescer 2,3 por cento em 2024, acima da expectativa anterior, diz Cbic
- Plano Diretor de Goiânia quer condomínios menores no Centro e mais espaço público
Mudança no financiamento com FGTS garante mais recursos para imóveis usados
A partir de 17 de maio, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) passa a disponibilizar mais recursos para o financiamento de imóveis usados. O orçamento subiu de R$995 milhões para R$1,393 bilhão, seguindo a instrução normativa do Ministério das Cidades, publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (29). O valor será liberado bimestralmente, em forma de um sexto do total, com possibilidade de antecipações.
A mudança introduz novas regras para a concessão de financiamentos, incluindo diferenças nas exigências para a entrada na compra de imóveis usados a depender da região, e ajustes na linha Pró-Cotista, que oferece condições favoráveis a titulares de contas do FGTS.
Para famílias com renda entre R$5,5 mil e R$6,5 mil, a entrada exigida será limitada a 75% do valor do imóvel nas regiões Sul e Sudeste, enquanto aquelas com renda de R$6,5 mil a R$8 mil terão o limite de 70%.
A linha Pró-Cotista terá 50% de seu orçamento de R$8,5 bilhões destinado a imóveis novos, alterando o percentual anterior de 60% para financiamentos de imóveis usados, com a condição de que a renda familiar bruta não ultrapasse R$12 mil.
Os bancos estão autorizados a seguir as condições atuais até o dia 17 de maio, com a Caixa Econômica Federal responsável por regulamentar os procedimentos operacionais dentro de 15 dias.
O governo acredita que o aumento do orçamento e regras diferenciadas por renda devem ampliar o número de pessoas que podem financiar a compra de um imóvel.
Serraria lidera lista de bairros com preços mais inflacionados em Porto Alegre, aponta IPR-Loft
O mercado imobiliário da capital gaúcha apresenta diferenças que podem ultrapassar 40% entre os preços anunciados e o valor recomendado para um imóvel, segundo estudo da Loft que utiliza ferramenta de inteligência artificial.
O Índice de Preço Real (IPR-Loft) aponta que o bairro Serraria apresenta a maior diferença entre o preço anunciado e o valor recomendado, com valores 41,24% acima do sugerido pela IA. Em seguida, figuram a Cascata (28,94%) e a Vila João Pessoa (22,91%).
O levantamento – que pretende agilizar negociações ao oferecer uma precificação mais precisa – analisou 72 bairros de Porto Alegre. Três Figueiras, Jardim Europa e Moinhos de Vento têm a metragem mais valorizada, e também apresentam discrepâncias entre o preço pedido e o adequado, enquanto a média da cidade revela um desajuste de 14,45%.
Segundo Fábio Takahashi, da Loft, o índice não só ajuda a definir preços mais justos, como também indica a margem de negociação disponível. “Mas, claro, vale ressaltar que estamos falando de médias dentro dos bairros. Podem existir imóveis mais ajustados, outros menos. Mas a informação é valiosa tanto para mostrar o preço que, em geral, o mercado realmente está absorvendo, quanto para o quanto ele está distante do que está sendo anunciado”, acrescenta.
Fonte: Rádio Guaíba
Construção deve crescer 2,3 por cento em 2024, acima da expectativa anterior, diz Cbic
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) anunciou uma revisão positiva nas expectativas de crescimento para 2024, elevando a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do setor de 1,3% para 2,3%. Este otimismo se deve ao aumento das contratações, expectativas positivas de compras e lançamentos por parte das empresas, e uma visão favorável para o crescimento econômico do Brasil, além de ajustes no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Contudo, a Cbic expressou preocupações com a diminuição dos recursos da caderneta de poupança desde 2020, impactando o financiamento imobiliário, e o aumento do financiamento de imóveis usados com recursos do FGTS, o que pode afetar a produção e a criação de empregos no setor. Houve crescimento maior no financiamento de imóveis usados em comparação com imóveis novos no primeiro trimestre de 2024.
Apesar dos desafios, como o aumento dos custos de construção, desde materiais até mão de obra, há um clima de otimismo entre os empresários do setor, refletido na expectativa de compra de insumos e matérias-primas.
Além disso, houve um aumento de 6,71% no número de profissionais registrados na construção em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O dado reforça avaliações de que o Brasil passa por um momento de recuperação e crescimento para o setor.
Fonte: UOL
Plano Diretor de Goiânia quer condomínios menores no Centro e mais espaço público
As novas diretrizes do Plano Diretor de Goiânia prometem transformar o mercado imobiliário da cidade, influenciando o perfil dos futuros lançamentos imobiliários. Com restrições ao adensamento em áreas centrais, os condomínios devem ficar menores, e ajudar a mitigar problemas como o tráfego intenso. Áreas com potencial para adensamento, como o Jardim América, terão limite de área privativa em até cinco vezes o tamanho do terreno em zonas de desaceleração e até 7,5 vezes em áreas adensáveis.
Marcelo Borges, da Terral Incorporadora, destaca que os novos parâmetros podem encarecer os imóveis devido à redução da área privativa (cerca de 20% até o fim do ano), por outro lado, inovações como fachadas ativas e a possibilidade de apartamentos sem vagas de garagem são bem-vindas. Com imóveis mais caros no Centro, bairros menos valorizados com imóveis mais baratos passam a ser atrativos.
A reconfiguração proposta pelo Plano Diretor mira em um desenvolvimento urbano mais equilibrado, com impactos significativos na mobilidade e na qualidade de vida em Goiânia. A prefeitura enfatiza o papel do planejamento urbano na promoção de um crescimento sustentável, priorizando iniciativas como eixos de transporte coletivo, controle de densidade e preservação ambiental.
Fonte: O popular