IA impulsiona vendas no mercado imobiliário, mas corretores seguem essenciais. Compactos no Rio podem custar mais de R$ 800 mil, com Ipanema liderando preços. Vendas de imóveis superam lançamentos em Porto Alegre.
- IA impulsiona vendas no mercado imobiliário, mas corretores seguem essenciais
- Compactos no Rio podem custar mais de R$ 800 mil, com Ipanema liderando preços
- Vendas de imóveis superam lançamentos em Porto Alegre
- Mercado imobiliário dos EUA tem 34 por cento mais vendedores que compradores, maior desequilíbrio desde 2013
IA impulsiona vendas no mercado imobiliário, mas corretores seguem essenciais
O mercado imobiliário brasileiro segue na tendência mundial e se torna cada vez mais digitalizado. Grandes construtoras passaram a inserir tecnologia, incluindo a inteligência artificial (IA), em partes importantes do negócio para melhorar a experiência dos compradores.
Um levantamento feito pela BRZ Empreendimentos mostra que mais de 75% das vendas da incorporadora atualmente passam pelo ambiente digital. Isso significa que pelo menos um em cada quatro clientes interage com a empresa online em alguma etapa da negociação.
Por outro lado, a inserção de tecnologia não substitui o trabalho dos corretores, essenciais nas negociações finais do processo. A importância do fator humano neste movimento de artificialização do mercado foi destacada no Summit Abrainc, nesta semana, que reuniu importantes nomes do setor.
“O nosso time de tecnologia tenta utilizar inteligência artificial para compreender melhor o comportamento dos consumidores e melhorar toda a jornada de compra”, explica Francis Navarro, diretor de tecnologia e inovação da BRZ Empreendimentos.
O maior ganho está no tempo de resposta. “Enquanto o corretor não respondia, o cliente ficava esperando. Agora demos mais velocidade e eficiência nas operações”, diz Navarro.
Navarro ressalta, porém, que a tecnologia sozinha não fecha negócios. “O corretor de imóveis exerce uma função fundamental neste processo. É ele quem lidera a última etapa da venda, embora todas as dúvidas possam ter sido sanadas antes, no ambiente digital”, afirma.
Marcelo Xavier, diretor do segmento de construção da Senior Sistemas, defende que a cultura de inovação é pautada por pessoas. “É importante que se tornem agentes de transformação e inovação”, pontua.
O encontro também trouxe à tona o entendimento de que à medida que se fortalece a integração entre inteligência humana e artificial, o mercado imobiliário se torna mais exigente.
“Antes, o básico bem feito era automação de conta corrente e atendimento personalizado. Agora, é necessário debater diversos tópicos, como relacionamento com cliente, personalização de imóvel e até inteligência artificial”, afirmou Lucas Freitas, head de ofertas do segmento de construção da TOTVS.
Diante desta perspectiva, o setor antecipa um cenário mais dinâmico para os próximos anos. “Não dá para prever como estará o mercado nos próximos cinco anos. O processo de inovação deve ser encurtado, mesmo com o mercado imobiliário de ciclos longos”, apontou Bianca Setin, Vice-presidente da Setin Incorporadora.
Fonte: Estadão
Compactos no Rio podem custar mais de R$ 800 mil, com Ipanema liderando preços
Ipanema, Leblon e Gávea concentram os maiores preços médios anunciados para venda de imóveis de até 30 m², conhecidos como estúdios, na cidade do Rio de Janeiro. Segundo levantamento realizado pela Loft, nesses três bairros os preços médios superam os R$ 750 mil.
Ipanema lidera o ranking com valor médio anunciado de R$ 881 mil, seguido pelo Leblon, onde um estúdio custa em média R$ 845 mil. A pesquisa analisou 2 mil anúncios de imóveis residenciais com essa metragem, disponíveis em abril nas principais plataformas digitais, considerando apenas bairros com no mínimo 10 anúncios.
“Os imóveis menores são uma boa opção para quem quer morar ou investir em bairros entre os mais valorizados do Rio. Como possuem metragem reduzida, o valor final é relativamente mais acessível, apesar do alto preço por metro quadrado”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Em abril, o Índice de Confiança no Mercado Imobiliário Loft identificou um percentual significativo de investidores interessados nesse segmento: 20% dos entrevistados que pretendem comprar para investir buscam estúdios ou quitinetes, enquanto apenas 5% dos que pretendem comprar para morar têm interesse nesse tipo de imóvel. A pesquisa ouviu 1,2 mil pessoas em seis capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Goiânia.
Os studios localizados nos bairros valorizados do Rio também apresentam condomínios médios elevados, pelo padrão de infraestrutura e serviços oferecidos. Em Ipanema e Leblon, por exemplo, o condomínio médio para esses imóveis menores fica em torno de R$ 700 mensais.
Ainda segundo o levantamento, os bairros com maior oferta de estúdios na cidade do Rio são Centro, Copacabana e Catete.
Fonte: O Globo
Vendas de imóveis superam lançamentos em Porto Alegre
O mercado imobiliário de Porto Alegre registrou queda no estoque de imóveis novos, que atingiu 4.352 unidades no final do primeiro quadrimestre de 2025, segundo o Panorama do Mercado Imobiliário do Sinduscon-RS (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio Grande do Sul). O número é 14% inferior ao mesmo período do ano passado e 6% abaixo da média mensal dos últimos 12 meses.
Os lançamentos também diminuíram, com apenas 366 unidades entre janeiro e abril deste ano, contra 882 no mesmo período de 2024. A redução seria resultado de um ajuste das incorporadoras diante do cenário de juros elevados. “O mercado está lançando menos, mas são imóveis mais maduros e assertivos. Estamos lançando produtos de mais fácil absorção”, explica Claudio Teitelbaum, presidente do Sinduscon-RS.
Apesar do cenário desafiador, as vendas continuaram estáveis, com 1.501 unidades comercializadas nos primeiros quatro meses de 2025, exatamente o mesmo número do ano anterior. O Valor Geral de Vendas (VGV), entretanto, recuou de R$ 1,57 bilhão para R$ 1,45 bilhão.
Segundo Teitelbaum, os incorporadores evitaram repassar integralmente o aumento dos custos de produção aos consumidores. Porto Alegre (5,1%) e Brasília (5,0%) foram as únicas capitais onde os preços subiram menos que a média nacional (11,2%), de acordo com o Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) da Abecip.
“A janela de oportunidades deve se manter aberta com condições atrativas por mais alguns meses. O repasse proporcional do aumento de preços deve iniciar uma consolidação ainda em 2025”, afirma o presidente do Sinduscon-RS.
No período analisado, 52% das vendas concentraram-se em studios e apartamentos de um dormitório, com destaque para os bairros Centro, Petrópolis e Bom Fim. Em VGV, predominaram os apartamentos de três dormitórios (48%), principalmente nos bairros Petrópolis, Centro, Boa Vista e Bela Vista, que concentraram 43% do valor total.
Fonte: Rádio Guaíba
Mercado imobiliário dos EUA tem 34 por cento mais vendedores que compradores, maior desequilíbrio desde 2013
O mercado imobiliário americano enfrenta um desequilíbrio histórico, com 34% mais vendedores do que compradores, segundo dados da Redfin, empresa de tecnologia que atua no mercado imobiliário local. Esta é a maior disparidade desde o início dos registros em 2013, com aproximadamente 1,9 milhão de vendedores contra 1,5 milhão de compradores, resultando em um excesso de 490.041 vendedores.
O cenário, baseado em dados até abril de 2025, deve resultar em queda de 1% nos preços dos imóveis até o final do ano, segundo projeções. A Redfin utilizou listagens ativas no MLS (Multiple Listing Service) para estimar o número de vendedores e um modelo que considera vendas pendentes para calcular o número de compradores.
Diversos fatores contribuem para esta situação: preços elevados (média de US$ 431.931 em abril, alta de 1,6% em relação ao ano anterior), taxas de hipoteca altas (média de 6,73% para contratos de 30 anos) e incerteza econômica. Uma pesquisa da Redfin revelou que quase um em cada quatro americanos está abandonando planos de grandes compras devido às tarifas.
“Muitos vendedores ainda não aceitaram a mudança do mercado”, afirma Asad Khan, economista sênior da Redfin. “À medida que as casas permanecem disponíveis por mais tempo e menos compradores mostram interesse, mais vendedores perceberão que o mercado se ajustou”, afirmou.
Miami lidera o desequilíbrio entre as 50 maiores áreas metropolitanas dos EUA, com 197,7% mais vendedores que compradores, seguida por West Palm Beach (182%), Fort Lauderdale (179,3%), Austin (124,1%) e Jacksonville (119,5%). Por outro lado, St. Louis apresenta o mercado mais equilibrado, com 1,3% menos vendedores que compradores.
Fonte: InfoMoney