IGP-M registra queda de 1,67% em junho e acumula deflação no ano. Mercado imobiliário mantém estabilidade no 1º trimestre de 2025, mostra pesquisa. Rua de Porto Alegre tem preço médio de R$ 8,6 milhões por imóvel; veja ranking das mais caras.
- IGP-M registra queda de 1,67 por cento em junho e acumula deflação no ano
- Mercado imobiliário mantém estabilidade no 1º trimestre de 2025, mostra pesquisa
- Rua de Porto Alegre tem preço médio de R$ 8,6 milhões por imóvel; veja ranking das mais caras
- QuintoAndar movimenta R$ 20 bilhões em 12 meses e planeja crescer dez vezes mais
IGP-M registra queda de 1,67 por cento em junho e acumula deflação no ano
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como inflação dos aluguéis, recuou 1,67% em junho, acentuando a deflação de maio (-0,49%). No acumulado de 2025, o índice registra queda de 0,94%, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (27).
Em 12 meses, porém, o indicador ainda apresenta avanço de 4,39%. Em junho de 2024, o cenário era oposto: o índice subia 0,81% no mês e acumulava alta de 2,45% em 12 meses.
O principal responsável pela queda foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que recuou 2,53% no mês, após já ter caído 0,82% em maio. Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, o comportamento foi influenciado pelos produtos agropecuários, “com recuo em 21 dos 27 itens que compõem o grupo”.
Na construção civil, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou para 0,96%, ante 0,26% em maio. A pressão veio do grupo “mão de obra”, cuja taxa subiu de 0,72% para 2,12%, refletindo reajustes salariais. Os grupos Materiais e Equipamentos (de -0,12% para 0,06%) e Serviços (de 0,40% para 0,74%) também registraram alta.
O movimento dos alimentos foi atribuído ao avanço das safras, que elevou a oferta e pressionou os preços para baixo tanto no atacado quanto no varejo.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) perdeu força, passando de 0,37% em maio para 0,22% em junho. A desaceleração foi puxada pelos alimentos, que passaram de alta de 0,46% para queda de 0,19%, com destaque para produtos in natura.
Fonte: Veja
Mercado imobiliário mantém estabilidade no 1º trimestre de 2025, mostra pesquisa
O mercado imobiliário residencial brasileiro manteve estabilidade no primeiro trimestre de 2025, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) com a Deloitte. A procura ficou em 1,95 pontos, e as vendas em 1,96 pontos, em uma escala de até 3 pontos.
O Minha Casa, Minha Vida (MCMV) seguiu aquecido, mesmo com dados ligeiramente inferiores ao trimestre anterior. O programa teve recorde de lançamentos em 2024 desde sua criação em 2009. “Em 2024, registramos crescimento de 11,8% nas vendas gerais, o melhor desempenho desde 2014”, afirmou Luiz França, presidente da ABRAINC.
No segmento de médio e alto padrão (MAP), o impacto dos aumentos da taxa Selic foi sentido de forma mais intensa. As expectativas de vendas ficaram em 1,69 pontos, queda de 0,09 pontos em relação ao trimestre anterior, segundo metodologia Deloitte.
“A desaceleração em MAP está relacionada principalmente à alta taxa de juros. Os compradores estão mais receosos quanto aos investimentos”, analisou Claudia Baggio, sócia da Deloitte. Apesar disso, a intenção de compra segue em bom nível devido aos altos aluguéis.
Para os próximos meses, há expectativa positiva no MCMV com a criação da Faixa 4, para famílias com renda entre R$ 8.600 e R$ 12 mil. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2024, esse grupo representa 1,4 milhão de trabalhadores.
A nova faixa oferece juros de 10% ao ano mais Taxa Referencial (TR), contra 13% do mercado atual, representando redução de até 27% nas parcelas mensais.
Fonte: Jornal do Commércio
Rua de Porto Alegre tem preço médio de R$ 8,6 milhões por imóvel; veja ranking das mais caras
A Rua Farnese, no bairro Mont’Serrat, registra o maior preço médio por imóvel em Porto Alegre (RS) – R$ 8,6 milhões. Os dados são do Monitor de Vendas por Rua da Loft, que analisou 3,4 mil transações residenciais entre janeiro e abril de 2025, com base em registros da prefeitura.
Em segundo lugar aparece a Rua Engenheiro Ildefonso Simões Lopes, no Três Figueiras, com tíquete médio de R$ 8,1 milhões, seguida da Rua Luciana de Abreu, no Moinhos de Vento, com R$ 5,7 milhões. O levantamento considerou apenas ruas com ao menos três aquisições no período.
O bairro Moinhos de Vento é o que mais aparece na lista das 18 ruas com maior tíquete médio, com quatro vias, seguido de Bela Vista (três) e Petrópolis (duas). Segundo Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, a Rua Farnese se destaca por concentrar casas e apartamentos de alto padrão com metragens elevadas, alcançando até 600 metros quadrados.
No recorte por metro quadrado, a Rua Farnese também lidera com R$ 23,4 mil/m². Em seguida, estão a Alameda Alceu Wamosy, no Três Figueiras (R$ 17,8 mil/m²), e a Avenida Padre Cacique, no Cristal (R$ 17 mil/m²). “O levantamento ajuda compradores e profissionais do setor a entenderem melhor o comportamento do mercado em cada pedaço da cidade”, afirma Takahashi.
Fonte: GZH
QuintoAndar movimenta R$ 20 bilhões em 12 meses e planeja crescer dez vezes mais
O QuintoAndar atingiu o marco de R$ 20 bilhões transacionados em 12 meses, considerando a soma do valor de todos os imóveis vendidos pela plataforma e o montante de aluguéis pagos. Metade desse valor é referente à locação residencial, segmento onde a startup começou em 2013.
A outra metade vem da compra e venda, área em que a empresa brasileira ingressou em 2021. Desde então, o segmento cresceu dez vezes, enquanto o negócio de aluguel quintuplicou. Segundo o diretor operacional Lucas Lima, os dois segmentos têm sinergia natural.
“Quando a compra e venda desacelera, o aluguel acelera, por exemplo. No fim, ambos estão associados à nossa vontade de ‘ser destino'”, afirma Lima. A entrada no mercado de compra e venda foi estratégia para se manter como grande no ecossistema imobiliário da América Latina, argumenta.
Com 13 mil novos contratos de aluguel fechados por mês, a empresa acumula 300 mil contratos sob gestão ativa em todo o Brasil. Por mês, o Quinto Andar vende cerca de 2,5 mil imóveis. Neste ano, houve recorde superior a 2,6 mil vendas em dois meses.
Embora atue também fora do país (Argentina, Equador, México, Panamá e Peru), o momento é de olhar para dentro, afirma Lima, com a ambição de crescer dez vezes mais, focado em tecnologia.
Além do QPreço, inteligência artificial (IA) de precificação que fornece estimativas sobre valor de imóveis, a empresa aposta na IA generativa integrada à plataforma de busca, permitindo buscas por descrições em linguagem natural e através de imagens.
Em junho, o QuintoAndar anunciou o fim do QuintoCred Garantia, serviço de garantia locatícia oferecido a outras imobiliárias, argumentando que faz parte da estratégia de concentrar esforços para avançar no mercado imobiliário da América Latina.
Fonte: Exame