Quem visita São Paulo pela primeira vez costuma logo perguntar sobre a Vila Madalena. Um dos bairros mais famosos da cidade, é conhecido pelas colinas, pelos grafites, pelas ruas com nomes lúdicos (Girassol, Harmonia, Purpurina…), pelas pequenas casas e prédios estilosos e pelas muitas opções charmosas de gastronomia e lazer. E, claro, pela animada vida noturna.
Para seus moradores, tudo isso se junta para tornar a Vila Madalena, que fica na zona oeste da capital, uma opção apaixonante. Mesmo em meio ao hype, conserva sua aparência tranquila e pacata, onde vizinhos se conhecem e podem caminhar sem rumo em um gostoso domingo de sol.
Cheia de verde e descobertas, fica entre vias importantes da cidade, como as avenidas Heitor Penteado e Sumaré, e tem uma bem-localizada estação de metrô.
História do Bairro
Sua história começa com um sítio em idos do século 19. Dizem que seu proprietário tinha três filhas, Ida, Beatriz e Madalena, que ganharam uma parcela desse terreno e eventualmente emprestaram seus nomes aos bairros que surgiriam.
No começo do século seguinte, mais urbanizada, a área tornou-se conhecida como Vila dos Farrapos, devido à baixa renda de seus moradores e as ruas de terra batida. Nas décadas de 1930 e 1940, com novos loteamentos, uma leva de imigrantes portugueses e linhas de bonde e luz, seu perfil foi mudando mais uma vez. A ideia de uma comunidade próxima e integrada está presente desde 1949, quando foi criada a Sociedade Amigos de Vila Madalena (Savima), ativa até hoje.
Nos anos 1970, quando a Vila já era um bairro de classe média, os campinhos de futebol de outrora passaram a dar lugar aos bares, que surgiam para atender aos estudantes de escolas da região e da Universidade de São Paulo. À época, parte da instituição ainda ficava nas redondezas e muitos estudantes moravam em repúblicas por ali.
Como lembra Cassio Calazans de Freitas, da Savima, havia “bailinhos todos os finais de semana na casa de algum morador – vitrola à toda força, grupos de dançarinos e namoros atiçados por músicas maravilhosas da época”.
Com o crescente desenvolvimento imobiliário da cidade, especialmente em regiões nobres, tudo cresceu: os andares dos prédios, a quantidade de comércios, as novidades gastronômicas, os ateliês, a pluralidade de bares e afins.
Já referência cultural, a “Vila Madá” se estabeleceu como ponto artístico da cidade, com ateliês e galerias, ilustrado principalmente pelo Beco do Batman, que surgiu nos anos 1980. Suas vielas atraíram artistas plásticos, desenhistas e grafiteiros, que criaram uma galeria de arte a céu aberto.
“O bairro é uma atração turística da cidade, sem dúvida. O grafite é um dos grandes atrativos – visite o local nos finais de semana e você verá uma grande aglomeração de visitantes, locais e muitos estrangeiros. Um dos Rolling Stones fez questão de conhecer o local”, diz Gerson Azevedo, redator do Guia da Vila Madalena, tradicional publicação da comunidade. Para ele, é difícil elencar um perfil único do lugar, visto que ele mistura presente e passado de São Paulo de maneiras inesperadas em um bairro nobre. “Tem vários tipos de moradias espalhadas pela Vila Madalena. Tem até uma parte, chamada de Mangue, que é mais humilde e existem algumas moradias coletivas. Por outro lado, foram erguidos prédios sofisticados com o metro quadrado que está entre os mais caros da cidade. As casas dos antigos moradores também resistem!”, aponta.
O que fazer na Vila Madalena
Na Vila Madalena, o tédio não é um perigo. Para amantes da arte, há diversas galerias de peso na área, como Choque Cultural, Fortes Vilaça, Milan e Raquel Arnaud. Naturalmente, não pode faltar um passeio no já citado Beco do Batman, que fica ainda mais animado no fim de semana com música e ofertas de moda e comida ao longo das curvas.
Uma escolha acertada é terminar esse pivô artístico com um café e um pão de queijo com matéria-prima da Serra da Canastra no Lá da Venda. Este armazém de comidas artesanais e orgânicas é um dos pontos favoritos dos moradores e resume bem a energia do bairro.
Aos sábados, acontece a tradicional Feirinha da Benedito, na Praça Benedito Calixto, com antiguidades e artesanatos. A Praça do Pôr do Sol é outro ponto conhecido para quem quer relaxar no fim de semana.
Como o nome entrega, é ali que surgiu a Livraria da Vila, um ótimo espaço para encontrar novas opções de leitura. E há até samba tradicional, na quadra da escola Pérola Negra, que tem diversos dias de ensaios abertos.
Opções gastronômicas na Vila Madalena
No Astor, um dos bares mais tradicionais da cidade, os petiscos são tão famosos quanto as caipirinhas. E basta descer algumas escadas para chegar ao Subastor, tido como um dos melhores bares do mundo – assim como o Benzina, que não fica muito distante.
Para quem gosta de ambientes animados, a Mercearia São Pedro é certeira (e os pasteis são a melhor pedida). Quem prefere uma alimentação vegetariana inovadora pode visitar o Quincho e o Corrutela, ambos premiados na categoria.
Desde 1980, o Empanadas é velho conhecido de qualquer paulistano que tenha dado seus giros pela Vila Madalena na juventude. Para quem chegar mais tarde, é sempre possível pedir uma saideira no Genésio ou no Filial, abertos madrugada adentro e pertencentes ao mesmo proprietário. Em termos de vista, aquela do Alto da Harmonia é imbatível.
Para quem prefere açúcar, reina suprema a confeitaria de Marília Zylbersztajn. Para acompanhar, opte por um café de uma das melhores baristas do país, Isabela Raposeiras, no seu Coffee Lab. Padarias como Le Pain Quotidien e A Padeira também são ótimas opções. No dia a dia, é possível comprar produtos orgânicos e artesanais com bons preços e ao mesmo tempo incentivar pequenos produtores e economia solidária no Instituto Chão.
Para Gerson, há um mix de vida boêmia para todos os gostos e bolsos e novidades de todas as ordens. “Teve até um ice bar anos atrás”, diverte-se. (Um bar de gelo, sensação em países nórdicos, só poderia ter existido em clima tropical na Vila Madalena mesmo.)
Com tantas oportunidades, pode ser difícil saber por onde começar – e pode ser com uma simples caminhada. “Aconselho que as pessoas façam suas próprias descobertas caminhando por suas ruas”, finaliza Gerson.
Resumo do bairro
O valor médio do m2 do bairro é de: R$10.260.
A linha de mais fácil acesso é a Linha Verde.
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