Viver em uma metrópole tem inúmeros pontos positivos. Há mais opções de lazer, restaurantes de culinária do mundo todo, oferta de trabalho e, de modo geral, melhor cobertura de transporte público. Ao mesmo tempo, o frequente movimento e agitação podem tirar o sono de algumas pessoas em um bairro residencial.
Pensando nisso, elaboramos este artigo para mostrar as vantagens e desvantagens de escolher morar em um bairro residencial. Apesar de São Paulo ser a maior cidade da América Latina, há diversos bairros calmos e com cara de refúgio no meio da efervescência da capital. Também vamos explorar o que são os bairros mistos e quais são as melhores opções desse tipo em SP.
O que é bairro residencial?
Para quem tem dúvidas sobre o que é bairro residencial, a dica é pensar na palavra em si. Bairro residencial é aquele que concentra mais imóveis destinados a moradia do que a outros fins. É nisso que ele difere do bairro comercial, cujos empreendimentos são, na maioria, voltados para lojas, empresas e escritórios.
É possível encontrar bairros residenciais planejados, que são empreendimentos em um formato semelhante a um condomínio fechado, porém em maior escala. Em São Paulo, há mais opções na zona oeste, além do Panamby, na zona sul. Para quem tem interesse em morar no interior, as oportunidades por esse tipo de empreendimento aumentam.
Diferença entre bairro residencial e outros tipos
Junto ao bairro residencial e ao bairro comercial, encontra-se dois outros tipos de bairros nas metrópoles. São eles: bairro misto e bairro industrial. A seguir, conheça as principais vantagens e desvantagens de cada um dos tipos de bairros e saiba como eles podem impactar na qualidade de vida:
Bairro residencial
Por ter menor concentração de lojas e estabelecimentos comerciais, esse tipo de bairro costuma ter menor fluxo de pessoas e veículos. É daí que vem a tranquilidade em que pensamos quando falamos em bairro residencial. Muito procuradas por famílias com filhos pequenos e por idosos, essas regiões podem conter praças e áreas verdes de modo geral, se tornando bem arborizadas.
O fluxo mais calmo é o que gera a sensação de segurança dos bairros residenciais. Também facilita a identificação de movimentações estranhas na região, aumentando a sensação de segurança. Há mais áreas disponíveis para construção, o que resulta em imóveis maiores, mas o deslocamento urbano também é maior.
Em contrapartida, bairros de perfil residencial ficam distantes dos grandes centros comerciais. E isso pode significar morar longe do trabalho e ter que gastar mais tempo em deslocamento e até em congestionamentos. Moema, Saúde, Ibirapuera, Higienópolis, Alto de Pinheiros, Santana, Tatuapé e Perdizes são bairros mais residenciais em São Paulo.
Bairro comercial
Os bairros comerciais abrigam muitas lojas de rua e quiosques. É possível encontrar imóveis para morar nessas regiões, que costumam ser procurados por quem trabalha nas proximidades. A praticidade da localização estratégica, no entanto, gera alto fluxo de pessoas, barulho e aglomeração.
Geralmente, também há mais veículos circulando, o que acarreta mais poluição. Em São Paulo, bairros centrais como Bom Retiro, Brás e Santa Efigênia são majoritariamente comerciais.
Bairro misto
A região central das grandes cidades costuma concentrar os bairros mistos. Eles são a mistura do residencial com o comercial. O bairro misto pode abrigar casas, condomínios de apartamentos, lojas, restaurantes, escritórios, shoppings, centros médicos e também edifícios híbridos, onde há unidades para moradia e unidades comerciais.
A grande vantagem do bairro misto é contar com quase todos os serviços perto de casa. Muitas vezes, você pode trabalhar na mesma rua em que mora. Isso gera economia de tempo e dinheiro, mas tem a desvantagem de ser muito movimentado, o que pode gerar barulho e certa sensação de insegurança.
As áreas centrais têm mais opções de transporte público com acesso a todos os cantos da cidade, sobretudo onde há rede de metrô. E, via de regra, no centro os moradores têm acesso fácil a museus, casas de shows e até apresentações de rua. Alguns bairros mistos de São Paulo são Pinheiros, Santa Cecília, Vila Olímpia, Consolação, Morumbi, República e Liberdade.
Bairro industrial
Como o nome sugere, o bairro industrial é aquele formado majoritariamente por indústrias e espaços de armazenamento de mercadorias. Antigamente, essas regiões também abrigavam as moradias dos trabalhadores das fábricas, que precisavam morar perto do trabalho já que a oferta de transporte era pouca.
Hoje, boa parte das indústrias saiu de São Paulo para cidades próximas, onde podem montar fábricas grandes com segurança e terrenos mais baratos. Alguns bairros são famosos por terem sido regiões industriais, como Santo Amaro, na zona sul, que já foi uma cidade, inclusive.
Outro bairro que abrigou fábricas foi a Barra Funda, que recebeu o primeiro grande projeto de instalação industrial na cidade com o complexo das indústrias Matarazzo. Bom Retiro, Lapa, Vila Leopoldina e Mooca também ganharam fama como bairros industriais.
Qual bairro ideal parar morar?
A resposta é fácil e um pouco trabalhosa ao mesmo tempo: sim, existe o bairro ideal, mas ele vai depender do estilo de vida de cada pessoa. Para descobrir onde você deve morar, é necessário analisar com muito cuidado e seguir os critérios que importam para você e sua família.
Por exemplo, você quer morar perto do trabalho? Ou prefere ter parques e boas escolas a uma pequena caminhada de distância de casa? Faz questão de um lugar bastante silencioso ou gostaria de um bairro em que tenha diversas opções de restaurantes para ir a pé? Depois que definir os pontos necessários para você, ficará mais fácil ter certeza que fez a melhor escolha ao se mudar buscando qualidade de vida.
O bairro perfeito não existe mas, como falamos, é possível chegar ao ideal para cada momento da sua vida. A Loft pode auxiliá-lo na busca pelo lar ideal, com imóveis à venda em bairros residenciais, mistos e comerciais de São Paulo.
Zoneamento SP: entenda como é o planejamento urbano da cidade
Zoneamento urbano é um instrumento utilizado pelos municípios para regular o uso e a ocupação do solo. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o zoneamento urbano atua, principalmente, por meio do controle de dois elementos principais: o uso e o porte (ou tamanho) dos lotes e das edificações.
O zoneamento de SP passou por mudanças em 2016, quando foi sancionada a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS), que normatiza a ação pública e privada sobre as formas de uso do solo da cidade, sempre de acordo com as estratégias do Plano Diretor.
Esse planejamento urbano vem com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores de São Paulo a partir do equilíbrio das atividades, com medidas de qualificação ambiental, social, econômica e cultural. A lei dividiu as zonas da cidade em três grupos: territórios de transformação, qualificação e preservação.
É importante dizer que as cidades estão em constante transformação, e por isso as propostas de zoneamento urbano são revistas de tempos em tempos. Como falamos, alguns bairros de SP que já foram comerciais ou até industriais, hoje são residenciais ou mistos. O contrário também pode acontecer. Assim, qualquer região pode mudar suas características a longo prazo