Quando a gente está construindo a vida, muitas vezes precisa fazer algum financiamento para poder garantir bens como um carro – para se deslocar com tranquilidade – ou um imóvel para chamar de nosso. Mas o que acontece quando a gente já fez um financiamento e agora quer ou precisa fazer outro?
Se você se pergunta “Tenho um financiamento de veículo. Posso fazer outro de imóvel?”, pode ficar mais tranquilo porque a resposta é sim. Mas não é tão simples assim de se fazer.
Nesse artigo, a gente te mostra como funciona o financiamento de veículo, o financiamento imobiliário e quais as possibilidades que você tem para conciliar dois financiamentos (ou financiar dois carros ou duas casas, por exemplo). Ah, e a gente te mostra também o que é que pode te impedir de fazer seu financiamento.
Como funciona o financiamento de veículos? Posso financiar mais de um carro?
Para entender como funciona o financiamento de veículos, é importante saber que existem diferenças em relação a um financiamento imobiliário. De modo geral, o financiamento para comprar um carro novo ou usado, por exemplo, é feito em contato direto com bancos públicos ou privados que dão crédito para o consumidor após análise de crédito e renda – sem intermediação da concessionária.
Mas existem diferentes modos de como funciona o financiamento de veículos. As três principais modalidades são:
- Crédito Direto ao Consumidor (CDC): Forma mais comum de financiar um veículo, esse modo é como um empréstimo para comprar o carro. O veículo comprado não pode ser negociado (está alienado ao banco) até que todas as prestações tenham sido pagas. Habitualmente, as parcelas aqui são iguais ao longo do tempo.
- Leasing: Nessa modalidade, quem compra o carro é uma empresa de leasing – espécie de banco que faz o serviço de “alugar o veículo” ao consumidor até que todas as parcelas sejam pagas e o cliente passe a ser o dono formal do veículo. Parcelas são pré-estabelecidas.
- Consórcio: Aqui, o consumidor integra um grupo formado por outros compradores que é gerido por uma administradora de consórcio. O cliente paga as prestações mas só recebe o veículo quando é sorteado (uma vez por mês é contemplada uma pessoa) ou quando o consorciado oferecer um lance para adiantar parcelas que tem a vencer, como um leilão. No consórcio, as parcelas variam com o preço do veículo.
Se você se pergunta “posso ter dois financiamentos de veículos?”, a resposta é sim! Independente da forma escolhida de financiar, é possível financiar dois carros no mesmo nome, caso a renda do comprador comporte o pagamento com segurança das parcelas a serem quitadas mensalmente.
Financiamento de casa e carro: o que vale mais a pena?
Entre o financiamento de uma casa e o de um carro, entram planejamento financeiro e anos de quitação de compromisso com as prestações! Então, se você está fazendo planos de vida a longo prazo, financiar seu imóvel próprio deveria ser a prioridade – ao comprar uma casa ou apartamento, mesmo que seja com financiamento -, você já garante o fim dos aluguéis e pode conseguir a valorização do seu imóvel no futuro.
Embora comprar (ou financiar um veículo) signifique ter gastos e depreciação de valor constantes, se você pretender usar um carro como meio de trabalho, já garante a forma de sustento. É questão de o que é prioridade!
Seja para comprar um imóvel ou um veículo, financiar é sempre uma possibilidade de investir na sua escolha sem ainda ter o valor total em mãos, já que a oferta de crédito a boas condições é cada vez maior no país.
Quando a gente fala de financiamento de casa e de carro, é possível fazer os dois ao mesmo tempo, sim! Mas a dica é: apenas se você realmente precisar, e se sua renda comportar as parcelas com segurança. E com bastante planejamento. Nesse artigo a gente explica melhor o que vale a pena priorizar: comprar casa ou carro.
Já tenho um financiamento. Posso fazer outro?
“Já tenho um financiamento. Posso fazer outro ou nenhum banco aceita?”
Logo no tópico aqui em cima, a gente viu que dá sim para conciliar, por exemplo, o financiamento de um imóvel e de um carro simultaneamente, se você tiver condições e renda para arcar com as parcelas com segurança.
É mais fácil financiar ao mesmo tempo uma casa e um carro do que financiar duas casas. Afinal, como o preço do carro é menor e as condições de financiar um veículo são mais flexíveis, as possibilidades são maiores.
Lembrando que só é possível comprometer até 30% da renda bruta mensal ao tomar um financiamento! A análise de crédito dos bancos é bem rigorosa. No entanto, também é possível financiar dois imóveis ao mesmo tempo.
A margem para quem quer conseguir crédito para duas casas ou apartamentos é mais difícil – mas se houver valor de entrada suficiente e renda para sustentar as parcelas dos dois imóveis ao mesmo tempo, as possibilidades aumentam. Nesse caso, não é permitido, por exemplo, usar o saldo do FGTS pela segunda vez para complementar entrada ou parcelas através do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) – só é possível uma vez.
Resumindo? Se você se pergunta “já tenho um financiamento, posso fazer outro”, a resposta é sim. Mas vai te requerer muito planejamento e não vai ser muito fácil.
Coisas que te impedem de financiar um imóvel (ou um segundo imóvel)
Como a gente viu por aqui, existem possibilidades sim de financiar um veículo e um imóvel ao mesmo tempo. Não existe restrição formal imposta pelos bancos. Na prática, o que impede alguém de conseguir financiar o primeiro imóvel (após financiar um carro ou não!) ou o segundo imóvel são as mesmas questões.
“Um financiamento imobiliário pode ser negado por motivos de restrições cadastrais (nos próprios bancos) dos proponentes, por falta de enquadramento de renda e por score baixo”, afirma Daniela Alves, especialista da área de produtos financeiros da Loft.
As principais barreiras para conseguir um financiamento envolvem:
- Nome sujo: inadimplências e pendências nos órgãos de proteção ao crédito como SPC e Serasa fazem os bancos e instituições financeiras terem receio de financiar.
- Entrada insuficiente: para conseguir financiar um determinado imóvel, é exigida uma boa porcentagem (normalmente, 30%) do valor dele para a entrada!
- Renda insuficiente: Se seu planejamento de parcelas ultrapassa 30% da sua renda bruta mensal, é melhor repensar: os bancos só aprovam cadastro de uma operação que não comprometa tanto da renda mensal.
- Renda já muito comprometida: Mesmo se as parcelas do financiamento não usarem mais de 30% da sua renda mensal, o banco tem acesso a órgãos de crédito e pode se recusar a te financiar se você já tiver altas prestações e dívidas em curso.
- Problemas de documentação: Questões como pendências na Receita e burocracias envolvendo RG, CPF e estado civil podem criar impeditivos.
- Problemas nos papéis do imóvel: Seu crédito não pode ser aprovado a menos que a documentação do imóvel comprado esteja livre de problemas e pendências.
Ah, e se a sua questão é “posso fazer dois financiamentos ao mesmo tempo”, o que também pode te impedir de fato de fazer um segundo financiamento é possivelmente não poder usar o saldo do FGTS uma segunda vez (dependendo do caso, pelo SFH) para complementar o pagamento.
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