- 80% dos gaúchos dizem que eventos climáticos extremos, como enchentes e inundações, já afetam suas moradias;
- Tragédia climática aumentou a preocupação de 80% dos moradores do estado com o tema e 41% afirmam que o ocorrido afetou de alguma forma o desejo de mudar do local onde vivem agora;
- 24% acreditam que teriam os recursos necessários para mudar de endereço.
Pesquisa inédita realizada pela startup Loft, em parceria com a Offerwise, chamada “Impacto de Eventos Climáticos na Moradia no Brasil”, revelou que 30% dos gaúchos consideram mudar de casa para evitar problemas com eventos climáticos extremos, como enchentes, inundações ou secas prolongadas. A tragédia em curso no estado aumentou a preocupação de 80% dos moradores de cidades gaúchas com as emergências climáticas e 41% afirmam que o episódio afetou de alguma forma o desejo de se mudar do local onde vivem agora.
O estudo contou com mil entrevistas online, entre os dias 4 e 7 de junho, numa amostra representativa da população brasileira adulta. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
“Apesar do percentual considerável de pessoas que pensam em se mudar, menos de um quarto têm confiança de que teriam os recursos necessários para fazer a mudança. Chama a atenção também o percentual de moradores do estado que não pensam em se mudar, 70%. Ele é maior do que o observado em estados que não foram afetados por enchentes e inundações nas últimas semanas”, afirma Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft.
O gerente de dados aponta duas possíveis explicações para esse percentual. O primeiro é um sentimento de reconstrução, após a tragédia. “Outro ponto é o perfil socioeconômico. No país como um todo, a classe A demonstrou menos interesse em se mudar devido a eventos extremos. E essa população é mais representativa no Rio Grande do Sul do que em outros estados”, afirma Takahashi.
No cenário de uma eventual mudança, as características que os gaúchos consideram mais importantes para evitar problemas com episódios alarmantes são: distância de encostas e morros (67%), distância de corpos d’água, como rios, lagos, represas, etc. (65%) e a existência de sistema de monitoramento e alerta de eventos climáticos atípicos (55%).
O estudo apontou ainda que 80% dos gaúchos acreditam que suas moradias já são afetadas por eventos climáticos extremos. Analisando por tipo de evento, 69% afirmaram que já foram afetados ou têm alguém próximo que já foi afetado por inundações e/ou enchentes. Outros 37% relataram ter enfrentado tempestades severas –as duas opções mais citadas. No país como um todo, 62% dizem que eventos climáticos extremos afetam suas moradias e os eventos mais citados foram inundações e/ou enchentes (32%) e ondas de calor (31%).
“Em todos os recortes que fizemos, incluindo classe social, mais da metade dos brasileiros afirmaram já terem sentido o efeito de algum evento climático extremo”, conclui Takahashi.
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