A correção monetária é fundamental para garantir coisas diferentes, como a manutenção do poder de compra ao longo do tempo, ajustar distorções em pagamentos ou assegurar uma remuneração justa por dinheiro investido. Desde índices como a inflação até a taxa de juros, existem diferentes possibilidades de se fazer correção monetária para variados fins.
O que é correção monetária?
Para entender o que é correção monetária, vale pensar nela como uma atualização de valores feita para compensar e corrigir as perdas de poder aquisitivo por conta do aumento geral no nível de preços na economia. Na prática, é um instrumento de reajuste usado para minimizar os efeitos da inflação e permitir à população recuperar poder de compra perdido.
Embora a correção monetária seja usada como uma ferramenta pelo Tesouro brasileiro há décadas, ela é também referência para correção em diferentes áreas da economia e das finanças. Isso acontece, por exemplo, na restituição do imposto de renda, reajustes em valores garantidos judicialmente e em casos de investimentos ou da emissão de títulos do Tesouro que pagam taxas baseadas na variação da Selic (juros) ou no IPCA (inflação).
Vale lembrar que, apesar de normalmente ser apontado que os juros são correção monetária, eles na realidade podem também ser apenas um valor determinado que incide sobre uma dívida – seja um parcelamento ou então um débito em atraso, por exemplo.
Um exemplo que mostra isso? No caso de investimentos de renda fixa, por exemplo, a Selic (que é a taxa base dos juros no país) é usada como base da remuneração ao investidor que coloca seu dinheiro em uma aplicação. Seja para aplicações bancárias como para a aquisição de produtos do mercado financeiro.
Como calcular a correção monetária
Como existem diferentes índices possíveis, também varia a forma de como calcular a correção monetária dentro de um período. De forma geral, o princípio de como atualizar juros e correção monetária é sempre de multiplicar o fator acumulado do determinado índice no período para encontrar o novo valor.
Se essa correção é de 15%, basta calcular o quanto esse percentual dá sobre o montante inicial e acrescê-lo para obter o valor final. Por exemplo: R$ 1.000 -> 15% em um período = R$ 150. Então: R$ 1.000 mais R$ 150 = R$ 1.150.
Uma forma mais fácil para você ter como calcular a correção monetária com diferentes índices é usar a Calculadora do Cidadão do Banco Central, que já tem uma base de dados para correção de valores. Ela acompanha diferentes índices de preços (como o IPCA e o IGP-M), a taxa referencial, a poupança, a Selic e o CDI.
Usar uma ferramenta como a do Banco Central permite não só estudar o reajuste de um determinado serviço, como também verificar qual pode ser a melhor opção para a correção de um financiamento imobiliário.
Qual índice de correção monetária usar?
É bem importante saber qual índice de correção monetária usar para fazer o reajuste do preço de algum produto ou serviço, para escolher um investimento de renda fixa ou para ter base para a correção de um aluguel ou uma operação de crédito (financiamento ou empréstimo, por exemplo).
Por exemplo: Ao aplicar em um investimento de renda fixa buscando proteger seu poder de compra ao longo do tempo, buscar uma opção que tenha como base de correção o IPCA (mais uma determinada taxa) é vantajoso, já que esse índice acompanha a evolução dos preços no país. Ou então vale optar por um financiamento imobiliário atrelado à taxa Selic quando ela está em um ciclo de baixa, saindo em vantagem contra corrigir pela inflação.
Para ter ideia de qual índice de correção monetária usar a seu favor, vale lembrar que os vários índices (como a TR, o CDI, a Selic, o IPCA e o IGP-M) podem se comportar de maneira diferente dependendo de como vai a economia. Exemplo? se o mercado imobiliário está aquecido, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) – usado no reajuste de aluguéis – pode subir mais que o IPCA, por exemplo. Foi o caso entre 2020 e 2021.
Já quando o assunto é um financiamento imobiliário, o foco tem que ser no longo prazo: pensando que aquela correção que você contrata hoje pode se tornar mais vantajosa ou desvantajosa no futuro.
Financiamento imobiliário: vale a pena corrigir valor pela inflação?
Dentre as muitas perguntas feitas por quem financia um imóvel, entra aquela dúvida quando o assunto é a correção das parcelas: vale mais a pena corrigir o valor pela inflação ou pela TR para dar conta do saldo devedor?
Desde 2019, quando a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil passaram a oferecer financiamentos imobiliários atrelados à inflação, ficou cada vez mais popular a modalidade de correção pelo IPCA, o índice considerado a inflação oficial do país. A opção se somou à já conhecida Taxa Referencial (TR), que faz a média dos juros pagos em certificados de depósitos bancários (CDBs) pelos principais bancos do país.
Também existe no financiamento, além da possibilidade de corrigir valor pela inflação ou pela TR, a possibilidade de conseguir crédito com um índice pré-fixado, como a Caixa oferece. Essa taxa varia entre 8% e 9,75% ao ano, dependendo da análise de crédito do cliente.
Na prática, a modalidade de juros prefixados traz uma vantagem para quem se preocupa com estabilidade. Ela não fica sujeita às flutuações do mercado, como acontece com o IPCA ou a TR. Nesse caso, as parcelas começam mais altas até que no financiamento pela TR, e esses valores vão caindo progressivamente. Ao mesmo tempo, no entanto, ela pode sair mais caro se a inflação desacelera e se estabiliza em um patamar mais baixo.
Já as prestações da operação com IPCA, com o tempo, ultrapassam as que têm juros prefixados, já que a inflação quase sempre cresce. Mas essa ultrapassagem ocorre bem depois do que se vê quando o índice de correção escolhido é a TR, que também flutua. Ou seja, mais tempo para se adequar a uma cobrança maior – assim como também pode ocorrer com quem opta pela TR como índice de correção.
Planejamento é fundamental para conseguir as melhores condições
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