Loft entra no mercado de compra e venda de casas

A Loft, startup que utiliza tecnologia para facilitar transações imobiliárias, começou a atuar no mercado de compra e venda de casas. Até então, a proptech ofertava apenas apartamentos. 

A operação teve início neste mês em Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), ABC Paulista e Rio de Janeiro (RJ), como um projeto piloto, e será expandida gradualmente para as demais cidades onde a empresa opera no próximo trimestre. Em São Paulo, a estreia será na capital e no Grande ABC. Já a expansão para Belo Horizonte e demais cidades será no próximo trimestre.

Nas localidades escolhidas para a estreia no novo mercado, a Loft mantém parcerias com imobiliárias, tendo nomes de peso ao seu lado: Mirantte, Zimmermann e Neon, em São Paulo, Foxter e Auxiliadora Predial, no Rio Grande do Sul, e Real Up Imóveis, no Rio de Janeiro. Em breve, outras imobiliárias parceiras da startup também começarão a anunciar seu portfólio de casas na plataforma da proptech.

Marcel Regis, Chief Operating Officer do Grupo Loft, explica que a compra e venda de casas tem suas particularidades, como a gestão das chaves. “Não é possível deixar as chaves na portaria do prédio, por exemplo. Por isso, estruturamos essa operação com parceiros autorizados pelos proprietários a abrir as casas e realizar visitas, o que torna esse processo mais simples e rápido de escalar”. 

De acordo com o COO, as casas respondem por cerca de 30% do portfólio das imobiliárias que operam nas cidades onde a startup atua, o que ajudará a ampliar a oferta de imóveis na plataforma da empresa e as chances de “casamento” entre um vendedor e um comprador. 

A projeção é que o número de propriedades listadas na plataforma da proptech salte dos atuais 80 mil para mais de 110 mil até o fim deste ano. 

“É um movimento que atende dois públicos: clientes finais e parceiros. As pessoas interessadas em adquirir um imóvel encontram o melhor portfólio em um único site. Já as imobiliárias parceiras ganham um canal de vendas que atende por completo suas necessidades no mercado residencial”, acrescenta Regis. 

As “dores” dos que desejam comprar uma casa, garante o executivo, são parecidas com as dos que buscam um apartamento. “Com isso, temos a oportunidade de oferecer toda a nossa carteira de serviços e produtos para um novo público. Está claro que podemos contribuir em diferentes pontos da jornada, incluindo acesso facilitado ao crédito”.

O COO se refere ao braço de produtos financeiros do Grupo, que inclui financiamento imobiliário e Home Equity, via Credihome, e aluguel sem fiador, via CredPago.

A Credihome lidera o mercado de originação de crédito imobiliário no país e atua como uma ponte entre os tomadores de crédito e as instituições bancárias. Em 2021, a empresa concedeu R$ 4,5 bilhões em crédito por meio de financiamentos imobiliários e home equity.  

Já a garantia locatícia da CredPago (aluguel sem fiador) pode ser oferecida aos proprietários interessados em alugar o imóvel para garantir renda extra, via imobiliárias parceiras.

“Com o aluguel sem fiador, eles (os proprietários) se asseguram contra eventuais casos de inadimplência ou danos em seu patrimônio. Já as imobiliárias aumentam as chances de conversão de contratos de aluguel e garantem novas receitas com comissão”, completa Regis.

Para os clientes finais, o marketplace da Loft tem como principais diferenciais a oferta de uma experiência digital, com informações verificadas. A plataforma disponibiliza, ainda, uma ferramenta de precificação gratuita e é a única que bloqueia anúncios duplicados.

Para atender à mudança, foram implementadas novas funcionalidades no site e aplicativo da marca. “Adicionamos filtros exclusivos para esse tipo de imóvel, como estar ou não localizado em um condomínio”, afirma Arthur Castro, Diretor de Produto da Loft. 

“Também estamos trabalhando em um modelo de precificação exclusivo para casas, que analisa mais de 100 variáveis para avaliar o imóvel. Nosso time de data science usa métodos científicos e algoritmos para chegar em um preço justo e em linha com o historicamente transacionado na região”, conclui Castro.