Além de servir a quem busca casas e apartamentos para morar, o mercado imobiliário gera diversas oportunidades para investimentos. Nesse sentido, uma possibilidade para aqueles que procuram explorar o setor é a multipropriedade imobiliária.
Por meio dela, diferentes pessoas podem participar como donos ou sócios de um mesmo empreendimento. Logo, é relevante compreender como o modelo opera para decidir se vale a pena aproveitá-lo.
Ao longo deste conteúdo, você entenderá mais sobre a multipropriedade imobiliária, o seu funcionamento, quais são as suas modalidades e se vale a pena o investimento.
Vamos lá?
O que é uma multipropriedade imobiliária?
A multipropriedade imobiliária é um modelo de negócio por meio do qual diferentes pessoas compartilham a propriedade de um mesmo imóvel — pode ser uma casa, apartamento ou outra opção. Esse modelo foi regulamentado no Brasil em 2018, a partir da Lei 13.777/18.
A partir da multipropriedade, cada pessoa com a posse tem o direito de usar o imóvel por um determinado período. As condições dependem do contrato, que define elementos como o nível de participação, os direitos e os deveres de cada proprietário.
Para entender melhor, considere o exemplo de uma casa na praia. A partir de um acordo de multipropriedade, ela pode ser dividida entre diferentes famílias, sendo que cada uma tem o direito de usá-la durante certos períodos do ano.
Além de o espaço ser usado pelos próprios donos, como em viagens de férias, ele pode servir como um tipo de investimento. É o que acontece ao alugar o bem para outras pessoas, criando uma fonte de renda passiva.
Para viabilizar essa a operação, cada proprietário deve assumir uma parte da responsabilidade no empreendimento, como ao contribuir com a compra do imóvel e com os custos de manutenção.
Como funciona esse sistema?
A multipropriedade imobiliária funciona a partir de um contrato específico, que definirá como serão as regras de uso e exploração do imóvel pelos seus proprietários. O documento será estruturado considerando o modelo time sharing ou tempo compartilhado.
Nele, cada participante poderá usar um imóvel em diferentes períodos ao longo do ano. Por exemplo, é possível adquirir o direito de usar um apartamento de praia por uma semana por mês. Nesse caso, cada um dos proprietários saberá em qual período do ano o espaço estará disponível.
Durante o seu período de uso, o dono tem a liberdade quanto à forma de utilização do imóvel. Inclusive, ele pode até alugar o espaço para terceiros e lucrar com isso — desde que essa alternativa seja acordada em contrato.
Quais são as modalidades de multipropriedade imobiliária?
Além dos pontos que você já viu, vale a pena entender que existem diferentes tipos de multipropriedade imobiliária. São eles:
- acionária ou societária;
- imobiliária ou de complexo de lazer;
- hoteleira.
Na multipropriedade acionária ou societária é feito investimento similar ao que ocorre no mercado financeiro. Nela, é formada uma sociedade proprietária que emite ações ordinárias. Quem investe recursos se torna investidor e as ações podem ser comercializadas no futuro.
Já na modalidade imobiliária ou de complexo de lazer, a propriedade é um imóvel com uma estrutura completa de lazer e serviços. Isso permite que os proprietários aproveitem o ambiente da forma que for mais conveniente — principalmente, para descanso.
Por último, a modalidade hoteleira tem o turismo como foco. O imóvel é compartilhado entre os proprietários segundo o tempo proporcional e pode ser alugado. Nesse tipo, a divisão dos lucros acontecerá conforme o estabelecido pelo contrato.
Quais são os pontos positivos e negativos desse conceito de propriedade?
Investir em imóveis a partir de uma multipropriedade pode apresentar diversas vantagens. Uma das principais é que a modalidade permite acessar um bem de alto valor e que você poderia não ter os recursos para comprar sozinho.
Outro ponto positivo é a redução de custos. Por compartilhar o investimento e as despesas de compra e manutenção do imóvel, a multipropriedade costuma ser uma opção mais acessível em comparação com a compra integral de uma casa ou apartamento.
Também vale a pena destacar a responsabilidade compartilhada com os demais participantes. Com diversos proprietários, a manutenção e cuidado do imóvel são divididos entre os donos, o que pode reduzir a carga de trabalho para cada pessoa, assim como as preocupações.
A flexibilidade é mais uma vantagem desse contrato. Dependendo do modelo de multipropriedade escolhido, é possível vender ou alugar sua parte da propriedade para outras pessoas, podendo até gerar retorno financeiro.
Porém, também existem algumas desvantagens que precisam ser consideradas. Se os proprietários não concordarem sobre o uso do imóvel ou como o dinheiro deve ser gasto em relação à manutenção ou melhorias, podem ocorrer conflitos entre eles.
Ainda, dependendo do modelo de multipropriedade, você pode ter restrições ao uso do imóvel. E, como a propriedade é compartilhada com outras pessoas, pode haver um risco de desvalorização caso haja descuido por parte de um dos sócios.
Afinal, vale a pena participar de uma multipropriedade imobiliária?
A decisão de participar de uma multipropriedade imobiliária depende de diversos fatores. Entre eles estão suas necessidades de uso do imóvel, sua capacidade financeira e sua disposição para lidar com as complexidades desse modelo compartilhado.
Por exemplo, imagine que você está procurando uma opção acessível para ter acesso a uma propriedade de alto valor e não se importa em compartilhá-la com outros proprietários. Nesse caso, esse modelo pode ser interessante.
Por meio dela, você terá acesso a um bem que pode ser de alto padrão, por um custo menor do que a compra integral do imóvel. Além disso, você pode ter a flexibilidade de alugar ou vender sua parte, certo?
Já se você está procurando uma propriedade exclusiva para uso pessoal e não quer compartilhá-la com outras pessoas, essa não pode não ser a melhor opção para a sua realidade. Afinal, você pode se sentir frustrado com as restrições de uso do imóvel, entre outros pontos.
Ao finalizar esta leitura, você entendeu o conceito de multipropriedade imobiliária e conferiu os pontos positivos e negativos dela. Agora, será mais fácil decidir se essa é uma opção adequada para os seus objetivos no mercado imobiliário.
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