IGP-M, índice de inflação do aluguel, desacelera em janeiro. Caixa quer crescer nas linhas de crédito habitacional mais caras. Vendas de imóveis em Porto Alegre recuam 4,7% em 2024. Centro do Rio renasce para mercado imobiliário e entra para Top 5 de vendas.
IGP-M desacelera em janeiro
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como o “índice de inflação do aluguel”, registrou uma desaceleração na segunda prévia de janeiro de 2025. A inflação medida pelo índice foi de 0,17%, uma redução significativa no ritmo de alta em comparação aos 0,99% observados na mesma leitura de dezembro, e aos 0,33% da primeira prévia do mês anterior.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que representa 60% do IGP-M, subiu apenas 0,10%, contra 1,32% na leitura anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), com peso de 30% no índice geral, avançou 0,13%, saindo da estabilidade verificada na mesma leitura do mês anterior.
A desaceleração é uma notícia positiva para as pessoas que alugam imóveis, pois o IGP-M é frequentemente utilizado para reajustar os valores das locações residenciais. Uma inflação menor neste indicador pode resultar em reajustes menos expressivos nos contratos de locação.
A redução na inflação medida pelo IGP-M pode refletir uma estabilização nos preços ao produtor e uma moderação nos preços ao consumidor. É importante observar as próximas leituras para confirmar se esta tendência de desaceleração se manterá ao longo do ano.
Fonte: Valor Investe
Caixa quer ampliar linhas de crédito imobiliário mais caras
A Caixa Econômica Federal, líder no financiamento imobiliário no Brasil, inicia 2025 com uma nova abordagem para o crédito habitacional. A instituição está elevando as taxas nos financiamentos com recursos da poupança e apostando na recém-lançada linha indexada à taxa Selic, que oferece juros mais altos.
O objetivo é diversificar as opções para quem não se enquadra no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), cujo limite de renda é de R$ 8 mil. “Para a renda média, teremos o recurso atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Teremos dinheiro para todo mundo, com diferentes custos”, explica Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa.
A instituição financeira planeja manter o volume de concessões de crédito de 2024, diferenciando o custo de acordo com o poder aquisitivo de cada público. Para construtoras de médio e grande porte, apenas a linha indexada à Selic estará disponível.
O banco lançou em novembro uma linha com recursos livres para pessoa física, em resposta à redução do saldo da caderneta de poupança desde 2021. Até dezembro, os financiamentos nas novas modalidades somaram R$ 6 bilhões, sendo R$ 3,7 bilhões para empresas.
Para 2025, o orçamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para pessoa física deve ser similar ao de 2024, cerca de R$ 60 bilhões. Adicionalmente, a Caixa planeja liberar aproximadamente R$ 5 bilhões para pequenas empresas da construção.
A instituição busca equilibrar a demanda por crédito imobiliário, após o esgotamento do orçamento no terceiro trimestre de 2024, que resultou em uma fila de espera de R$ 20 bilhões em operações pré-aprovadas.
Fonte: O Globo
Vendas de imóveis em Porto Alegre recuam 4,7 por cento em 2024
A capital gaúcha registrou uma queda de 4,7% nas vendas de imóveis no ano passado, na comparação com 2023, segundo levantamento da Loft. O estudo, baseado em dados do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), fornecidos pela prefeitura, analisou 34 mil transações imobiliárias em Porto Alegre.
A redução foi impulsionada principalmente pelos imóveis de até 90 m² de área total, que apresentaram uma queda de 7,5% nas vendas, totalizando 11.625 transações em 2024. Esse declínio pode ser atribuído aos impactos das enchentes que impactaram o mercado em 2024.
“Os imóveis menores, com preço final mais acessível, normalmente são a escolha de pessoas e famílias com renda menor, com menor capacidade de reação frente aos estragos provocados pelas enchentes no ano passado”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Em contrapartida, as vendas de imóveis maiores, com mais de 140 m², cresceram 5,2%, somando 2.223 transações. As unidades médias, entre 91 m² e 139 m², mantiveram-se estáveis, com um leve aumento de 1,1%.
Apesar da queda nas vendas, os preços dos imóveis em Porto Alegre permaneceram praticamente estáveis, com uma redução mínima de 0,1% em relação a 2023. A pesquisa também revelou que, entre as três capitais analisadas (Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte), a capital gaúcha foi a única a apresentar queda nas transações.
Fonte: Rádio Guaíba
Centro do Rio renasce para mercado imobiliário e entra para Top 5 de vendas
Após programas de revitalização, o Centro do Rio de Janeiro alcançou uma posição inédita na última década no ranking dos bairros com maior volume de vendas de imóveis na cidade. A região subiu para o quinto lugar em 2024, segundo a lista divulgada pelo RioM², aplicativo de transparência de dados para o mercado imobiliário.
Desde o lançamento do Reviver Centro (julho de 2021), mais de 10 mil unidades residenciais foram lançadas na área. O mercado imobiliário prevê um crescimento ainda maior, impulsionado por novos empreendimentos na Região Portuária e a venda de prédios para retrofit no final de 2024, com destaque para o icônico Edifício A Noite, totalmente reformado, e um lançamento residencial da Cyrela na Avenida Beira Mar.
O renascimento do Centro é atribuído a diversos fatores: incentivos da prefeitura através dos programas Reviver Centro e Reviver Cultural, ações privadas como a Aliança Centro Rio – focada na zeladoria da região -,infraestrutura urbana consolidada e proximidade de áreas estratégicas, além da efervescência cultural e gastronômica em locais como Praça XV e Cinelândia.
Além do Centro, o ranking da RioM² destacou a Barra da Tijuca, Recreio, Copacabana e Campo Grande como os outros quatro bairros líderes em vendas.
O mercado imobiliário do Centro também se beneficia da escassez de escritórios na região da Orla (Glória, Flamengo e Botafogo), tornando os escritórios ‘triple A’ do bairro mais atrativos. A precificação ainda abaixo do mercado da zona Sul e a menor incidência de favelas são fatores adicionais que contribuem para o crescente interesse na região, avalia a RioM².
Fonte: Diário do Rio