Além de garantir segurança financeira, quem investe também consegue acelerar a realização de sonhos, como o financiamento da casa própria. O mercado financeiro, no entanto, possui diversos jargões e siglas que podem gerar dúvidas em quem está começando a investir. FIRF, FIP-IE e FIC são alguns exemplos dessas nomenclaturas que podem confundir o investidor iniciante.
Apesar de parecerem complicadas, cada uma delas cumpre um propósito. No mercado financeiro, as siglas cumprem a importante função de indicar o tipo de fundo e a composição da carteira.
Para que você não se confunda e acabe tendo problemas ao investir em fundos, listamos algumas delas, juntamente com o seu significado. Mas, antes, vamos entender melhor como funciona o mercado de investimentos em fundos.
Como funcionam os fundos de investimento
Os fundos são uma modalidade de investimento coletiva. Ou seja, diversos investidores podem aplicar nos mesmos ativos de um fundo, sejam ações, títulos públicos, renda fixa, entre outros. Os ganhos são calculados de forma proporcional, a partir do quanto cada um investiu.
As siglas que citamos anteriormente distinguem os fundos entre si. A FIRF, por exemplo, refere-se ao Fundo de Investimento em Renda Fixa, enquanto a FIP-IE está associada ao Fundo de Investimento em Participações de Infraestrutura. Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os brasileiros já investiram quase R$ 5 trilhões em fundos de investimento.
Quem decide para onde vai esse dinheiro em cada fundo é o gestor. Quem investe no FIRF, FIP-IE, entre outros fundos, é chamado de cotista, que também deve arcar com taxas de administração e de performance ao investir na carteira.
Existem fundos dos mais variados tipos. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) organiza os diferentes tipos de fundos de investimentos em quatro classes principais:
- Renda fixa
- Ações
- Multimercado
- Cambiais.
Dentro dessas classificações, há vários tipos de fundos de investimentos que se distinguem pela composição da carteira, exposição ao risco e benchmark (indicador de referência) utilizado.
Confira, a seguir, as principais siglas utilizadas no mercado financeiro para diferenciar os fundos de investimento:
FIRF
O Fundo de Investimento em Renda Fixa se refere aos fundos que têm, no mínimo, 80% de sua carteira em títulos de renda fixa, sejam eles públicos ou privados, pré ou pós-fixados.
Além disso, o principal fator de risco de fundos que são FIRF é a variação da taxa de juros ou índice de preços.
FIP
O Fundo de Investimento em Participações é uma modalidade constituída sob a forma de condomínio fechado, em que as cotas só podem ser resgatadas ao término de sua duração.
Nesse tipo de fundo, os cotistas aplicam recursos em empresas abertas, fechadas ou em sociedades limitadas, que estão em fase de desenvolvimento.
Os FIPs podem ser classificados em diferentes categorias, sendo uma das principais delas a FIP-IE.
FIP-IE
O FIP-IE, ou Fundo de Investimento em Participações de Infraestrutura, refere-se a uma categoria de investimento em que o patrimônio é distribuído em títulos de emissão de sociedades anônimas, de capital aberto ou fechado, que desenvolvem novos projetos de infraestrutura – especialmente os setores de saneamento e energia.
Cada FIP-IE deve ter, no mínimo, cinco cotistas, sendo que cada cotista não pode deter mais de 40% das cotas emitidas pelo FIP-IE ou possuir rendimento superior a 40% de todo o rendimento do fundo.
FII
Depois do FIP-IE, chegamos ao famoso Fundo de Investimento Imobiliário. Essa é uma modalidade que se refere a um conjunto de recursos que são destinados ao mercado imobiliário.
Os recursos captados são utilizados especialmente para a aquisição de imóveis rurais ou urbanos, já construídos ou em construção, destinados a fins comerciais ou residenciais, bem como para a aquisição de títulos e valores mobiliários ligados ao setor imobiliário.
O FII é uma modalidade de investimento classificada como condomínio fechado, em que o investidor não pode resgatar as cotas antes do prazo de duração do fundo.
FIA
Já o Fundo de Investimento em Ações (FIA) tem como principal característica o fator de risco relacionado à variação dos preços de ações que compõem a carteira.
Os investidores costumam optar pelo FIA como forma de diversificar a sua carteira de investimento e se protegerem de variações de ações específicas.
FIM
O Fundo de Investimento Multimercado indica um tipo de fundo em que o produto não tem o dever de se concentrar em um mercado específico ou classe de ativo.
Um FIM pode ser concentrado em ações, títulos de renda fixa e moedas, seja aqui ou no exterior, e tudo ao mesmo tempo. No geral, a composição dos multimercados é bastante flexível.
FC
Por fim, os Fundos Cambiais devem ter ao menos 80% dos recursos em ativos relacionados a moedas estrangeiras, como dólar e euro. Por isso, são fundos muito utilizados para operações de hedge, aquelas que buscam proteger o poder de compra diante da oscilação da moeda.
Agora que você já conhece as principais siglas dos fundos de investimento, como FIRF, FIP-IE, FIA, entre outras, poderá começar a investir com mais segurança e facilidade. Assim, você garante o crescimento do seu patrimônio para alcançar seus objetivos.
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