Casa ou apartamento: compare prós e contras

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Para se decidir entre casa ou apartamento, é preciso pensar em custo de vida, segurança e privacidade. Entenda!

26 de junho de 2019

Autor Time Loft
Atualizado: 03 de outubro de 2023 11 min de leitura
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Há quem sonhe com (literalmente) casa própria, com um amplo quintal e pouca preocupação com quem está acima ou abaixo dos pés. Outros fazem da varanda de apartamento um jardim e optam por comodidades como piscina, playground e proximidade de bons comércios e opções de transporte.

Entre casa ou apartamento, a escolha fica a cargo dos desejos e critérios mais importantes de cada um, sem perder de vista a realidade da cidade e das suas finanças. 

É importante entender que há prós e contras e não existe uma escolha óbvia. Se casas trazem mais espaço e mais liberdade, apartamentos trazem mais segurança, gastos compartilhados e boa localização por um bom preço.

Como se trata de uma grande decisão, não é do tipo que se faça depressa. Até porque, em uma grande metrópole como São Paulo, há de tudo. Para casas à venda no Brooklin ou apartamentos com vista para a Av. Paulista nos Jardins, basta uma busca no Google.  

Uma dica? Além de ler este artigo, busque conversar com amigos que optaram por um e por outro antes de bater o martelo. Assim você pode entender os prós e contras mais próximos de você.

Casa ou apartamento? O que se busca nas grandes cidades

Em cidades grandes, a procura costuma ser maior por apartamento principalmente por oferecerem maior sensação de segurança devido às proteções do condomínio. 

Para José Roberto Graiche Júnior, presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), a consequência dessa preferência é nítida. “Você passa pelas ruas dos Jardins onde ficam muitas casas de alto padrão e a maioria está disponível para venda ou aluguel – e demoram para sair”, fala.

Quem quer investir em segurança sem abrir mão de uma casa pode buscar por condomínios horizontais, como são chamadas as comunidades fechadas de casas, como pequenos bairros, que têm suas entradas e saídas controladas. 

Além de serem bastante caros, eles são difíceis de encontrar em regiões valorizadas. “Não existe condomínio horizontal na região central [de SP] porque o terreno é caro e acaba-se utilizando o potencial construtivo de outra maneira”, explica. 

Esse é um ponto que vai direto ao encontro de outro aspecto fundamental na hora de selecionar um imóvel: a localização. A aglomeração de prédios nas regiões mais importantes de uma cidade não é por acaso. É um uso mais eficaz e valioso de espaço, que abriga um número maior de pessoas e facilita o cotidiano.

Em outras palavras, é mais fácil morar em um bairro valorizado em um prédio do que em uma casa. Isso não quer dizer que não existam opções: São Paulo, por exemplo, está cheia de pequenas vilas em Pinheiros, Pompeia e Vila Madalena
A tendência, no entanto, é que virem prédios no futuro próximo, especialmente nos bairros mais visados. “A cidade tem que crescer pra cima para se manter no perímetro central”, explica José Roberto.

E quais são as vantagens entre casa ou apartamento?

Há inúmeros pontos que podem ser levados em conta na hora de pensar nas vantagens de morar em apartamento ou casa, como você verá nos tópicos abaixo. Quando estiver pronto, lembre-se de dar uma olhada nos documentos que você precisa ter (e exigir) para fazer um bom negócio.

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Custo de vida

“Em uma casa, você faz o que quer. Se quiser pintar de rosa, pode pintar”, fala José Roberto. Mas não espere que ninguém divida os custos com você, como acontece com muitas coisas em um condomínio. Gastos com segurança, manutenção e melhorias são todos seus, enquanto em um apartamento são rateados entre as unidades. 

É preciso colocar esses gastos (mensalidade do condomínio vs. segurança, seguro e água, por exemplo) na ponta do lápis para entender qual é o impacto no custo de vida. Ao mesmo tempo, em um apartamento pode haver gastos com os quais você não necessariamente concorda mas, se estiver na minoria, terá que pagar. “Algumas vezes sua opinião não é a que prevalece”, resume o profissional. 

Um dos grandes diferenciais de morar em casa é ter um quintal, como na foto acima

Além disso, em casa ou apartamento, a questão da área de lazer pode ser muito diferente. Afinal, em uma casa você tem toda a liberdade de instalar o que quiser, seja uma sauna, um ofurô ou uma cama elástica. É preciso que os condôminos concordem com novas adições em um prédio, o que pode até ser estruturalmente impossível depois de pronto.

Por outro lado, caso você opte por morar em uma casa que não tenha academia, por exemplo, é uma boa ideia incluir esse gasto com mensalidade na sua conta de custo de vida. Como se vê, há muito em que pensar.

Direito à privacidade

O direito à privacidade é diferente em casa ou apartamento. Assim que você abre o portão da sua casa, você tem uma série de direitos que devem ser respeitados relacionados àquela área de metros quadrados que é sua, mesmo fora das paredes. 

Se alguém quiser reclamar de barulho, por exemplo, só pode fazê-lo convictamente depois das 22h. Características como essa trazem mais liberdade para uma casa. Em um apartamento o convívio é muito mais próximo e exige mais jogo de cintura. De maneira geral, dentro de um condomínio, sua vida pessoal é mais exposta.

Segurança residencial 

Paralelamente, a quantidade de pessoas ao seu redor em um apartamento traz uma segurança residencial maior. “É mais difícil para um ladrão entrar em um prédio do que em uma casa. Se você rende um casal na casa, rendeu todo mundo, enquanto o condomínio tem vários olhos e movimentação muito maior”, fala José Roberto.

Claro que é possível ter circuito de imagens de segurança e monitoramento à distância em casa, mas o custo é bem mais elevado. Em vilas fechadas de casas que contam com presença de segurança, há um custo extra para isso. 

Convivência com vizinhos

Para lidar com vizinhos, quem mora em casa ou apartamento tem táticas diferentes. Se os vizinhos estão fazendo muito barulho ou há um problema de infraestrutura comum, o morador da casa precisa resolvê-lo sozinho, munido de informações sobre leis, direitos e deveres. Em um condomínio, o administrador do imóvel e o síndico podem intermediar a situação.

Em ambos os casos, é preciso ter educação, calma e paciência – e uma dose extra quando você estiver de mal humor. “Vão ter dias que você não vai querer falar com ninguém e, num apartamento, vai encontrar alguém no elevador. Não tem jeito! É a mesma coisa que morar em uma casa com outras famílias, mas na vertical”, fala José Roberto.

Como manter uma política de boa vizinhança 

O ideal é que a relação com vizinhos seja pacífica e você genuinamente não tenha problemas com quem está ao seu lado, seja a dois portões ou um teto de distância. É aí que entra a “política de boa vizinhança”, termo emprestado de uma antiga política estadunidense para a América Latina e que perdeu seu poder geopolítico para se tornar apenas um guia de convivência (online e offline). 

Para viver em grupo em qualquer lugar, é preciso saber viver em comunidade. Isso significa que, ao longo dos séculos, pouco mudou nesse sentido. “O que se tem hoje em dia é o que sempre se teve. Os problemas são praticamente os mesmos. Nós só incluímos a tecnologia, que aumentou a zona de conflito.”

Ele explica que, por conta do poder instantâneo de transmissão da internet e do estado das conversas online, que podem escalar negativamente depressa, é preciso ter ainda mais cuidado. 

Não raro há grupos de WhatsApp formados por vizinhos (de casa ou apartamento), que podem servir tanto positivamente, criando novos laços de comunidade, quanto negativamente, intensificando desentendimentos.

Em um apartamento, a necessidade de ter empatia e tranquilidade é ainda maior. “É preciso estar preparado para compartilhar e saber que sua vontade muitas vezes pode não prevalecer”, fala José Roberto. 

Ele faz questão de lembrar que, apesar das frequentes histórias desagradáveis contadas por aí, o tumulto é sempre causado pela minoria. “A maioria dos condôminos sabe morar em comunidade”, pontua.
Para saber mais sobre direitos e deveres que você tem como morador, sites como SíndicoNet podem ser bastante úteis.

No vídeo acima, a equipe do SíndicoNet fala sobre como lidar com vizinhos barulhentos

O que um condomínio residencial oferece?

Para atender as necessidades cada vez mais customizadas de diferentes públicos, a ideia de condomínio residencial se multiplicou. Hoje, os três tipos principais são:

  • Condomínio tradicional: oferece serviços tipo padrão de portaria, segurança e zelador 
  • Condomínio-clube: tem enorme área de lazer para atender os muitos moradores, além de estrutura de clube em casa. Pode conter cabeleireiro, salão de jogos, lanchonete, cinema, etc.
  • Condomínio com espaços compartilhados: geralmente tem apartamentos compactos e áreas comuns compartilhadas, como lavanderia, espaço gourmet e de trabalho 

Sistema de segurança 

Como já foi comentado ao longo desse artigo, o sistema de segurança de um condomínio residencial é frequentemente superior ao de uma casa sozinha. 

É possível ter câmeras 24h em todos os ambientes, segurança dentro e fora do prédio, monitoramento à distância e guarda patrimonial fazendo a ronda nas ruas, entre muitas outras opções. A tendência é que, quanto mais forte for a segurança, maior será o padrão do imóvel.

Reitera-se que é possível ter esse nível de sistema de segurança também em uma casa – mas sem ratear as despesas de equipamento e pessoal com mais ninguém.

Área de lazer de um apartamento 

Há uma série de oferecimentos que se tornaram quase um padrão para atrair moradores a um prédio, como academia, playground e salão de festas. A qualidade da área de lazer de um apartamento, no entanto, pode variar drasticamente de um para outro. Por isso, é muito importante fazer visitas em pessoa para avaliar de perto se o custo vale a pena. 

Playground 

Assim como existem diferentes piscinas (olímpicas, aquecidas, infantis) ofertadas em condomínios, existem diferentes tipos de playground. Eles podem ter escorregadores de plástico, casas de madeira, pontes de corda ou mesmo uma corrida de obstáculo completa.

Acima de tudo, o playground deve ser seguro – e existem regras para isso. Segundo o SíndicoNet, é preciso que haja normas de utilização visíveis, inspeção frequente dos brinquedos e que se siga as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Presença de animais

No Brasil, ao contrário de outros países como EUA, é difícil encontrar um prédio que não permita a presença de animais em seus apartamentos. E a boa notícia é que a metragem ou o tamanho não são a coisa mais importante para manter cachorros (os companheiros mais frequentes) felizes.

Embora existam raças de diferentes portes, o importante é oferecer desafios suficientes, espaço adequado e bom gasto energético. Neste outro artigo, Em um posto do blog explicamos em profundidade o que fazer para manter seu cachorro feliz em apartamento.

Limpeza de apartamento e outros serviços

Para facilitar a vida dos moradores, há vários prédios que oferecem a contratação de serviços como limpeza de apartamento com tarifas especiais

Na disputa por novos condôminos, há uma série de outras mordomias que andam se popularizando na mesma linha, como aulas de dança, pet sitter e entrega de supermercado, especialmente em condomínios com espaços compartilhados e condomínios-clube.

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