O formal de partilha costuma ser lembrado quando as famílias passam por processos que envolvam a divisão de bens entre seus membros, como divórcios e falecimentos.
Esse documento regula o exercício de direitos e deveres decorrentes do fim de relações jurídicas entre pessoas nas ações de inventário. Incubido de formalizar a divisão, o formal de partilha tem mais algumas funcionalidades.
Quer saber quais são? Continue por aqui e descubra neste artigo!
- O que é o documento formal de partilha
- Para que serve o formal de partilha?
- O que deve constar no formal de partilha?
- Quais são os documentos necessários para o registro do formal de partilha?
- Quem pode solicitar o formal de partilha?
- Como emitir o formal de partilha?
- Existe prazo para registrar o formal de partilha?
- Busque uma instituição de sua confiança!
O que é o documento formal de partilha
Se você tem dúvidas sobre o que é o formal de partilha, veio ao lugar certo! Vamos te ajudar com essas respostas a partir de agora.
Para facilitar o entendimento, esse documento consiste na formalização das transferências de bens para herdeiros de uma dívida.
Ou seja, quando há uma relação desse bem ou imóvel com um financiamento imobiliário, por exemplo, o formal de partilha é fundamental para evitar atritos na divisão, principalmente na hora do pagamento.
Assim que definida a divisão de um bem e quando o pagamento é feito em dinheiro, você pode aproveitar essa quantia para investir em um imóvel, por exemplo.
Para que serve o formal de partilha?
Agora que você já tem o entendimento pleno sobre o formal de partilha, vamos entender qual a funcionalidade dessa documentação.
Como citado, esse é um documento de natureza pública, sendo expedido somente pelo juízo competente. A sua principal funcionalidade é regularizar a parcela de herança de cada herdeiro, fazendo com que se termine o estado de universidade dos bens.
Então, o formal de partilha regula o exercício de direitos e deveres presentes em relações jurídicas entre pessoas nas ações de inventário.
Vamos nos aprofundar um pouco mais:
Inventário (falecimento)
Para chegarmos ao ponto de um formal de partilha inventário ser expedido é necessário passar pela partilha dos bens anteriormente.
A partilha é a divisão do acervo entre os sucessores do falecido que estão apontados no inventário. Ou seja, a partir dessa leitura, cada herdeiro através da partilha recebe a sua parte da herança.
Sendo assim, quando a sentença de partilha for julgada, cada herdeiro receberá seu formal de partilha inventário, constando no documento:
- Termo de inventariante e título de herdeiros;
- Avaliação dos bens que constituirão a parte herdada;
- Pagamento da parte hereditária;
- Quitação dos impostos;
- Sentença.
Caso existam dúvidas sobre a partilha da herança, como se alguma dívida do falecido prescreve ou não, é bom contar com uma assessoria imobiliária que realmente entenda do assunto. Fale com a gente!
Divórcio
Em alguns casos o divórcio pode ser bem desgastante, necessitando que a divisão dos bens seja consumada apenas após a homologação de um formal de partilha.
Imagine que dentro dessa divisão está um imóvel financiado pelo casal, o formal de partilha divórcio é importante para evitar atritos na divisão do pagamento.
Outro ponto importante para salientar é que caso não seja possível vender o imóvel e dividir os valores, será necessário um acordo entre as partes sobre os valores pagos do imóvel até o presente momento e quem assumirá o financiamento.
Anulação de casamento
Seguindo o processo após o divórcio, a anulação do casamento e a divisão dos bens só é possível quando as partes interessadas estão de acordo, ou seja, quando não há discórdia.
Porém, quando não há entendimento, é preciso que o processo seja feito na Justiça.
Neste caso, a partilha de bens será determinada por um juiz e, para que os herdeiros possam receber o patrimônio, é preciso apresentar o formal de partilha.
Seguir a divisão de bens conforme manda a lei é fundamental, principalmente, se uma das partes precisar de uma nova residência e optar pelo empréstimo com garantia de imóvel para adquirir o novo imóvel.
Continue lendo para saber quais são os requisitos para solicitar e emitir o formal de partilha.
O que deve constar no formal de partilha?
Quando oficializado, deve constar no formal de partilha as seguintes peças;
- Termo de inventariante e título de herdeiros;
- Avaliação dos bens que constituíram o quinhão do herdeiro;
- Pagamento do quinhão hereditário;
- Quitação dos impostos, declaração de quitação expedida pela Receita Estadual;
- Sentença.
Todos estes documentos deverão estar carimbados e assinados pelo Escrivão da vara judicial onde o processo tramitou, nos termos do art. 221, da Lei Federal 6.015/73.
Quanto à separação e ao divórcio, os requisitos são os mesmos, com exclusão do termo de inventariante, pois a relação jurídica será composta pelos cônjuges e não pelos herdeiros
Quais são os documentos necessários para o registro do formal de partilha?
Por se tratar de um título judicial e extraído dos autos do inventário, o formal de partilha precisa de alguns documentos para compor sua homologação.
É composto por fotocópias autenticadas pelo escrivão judicial dos documentos e peças principais constantes no processo. A documentação requerida é a seguinte:
- Termo de abertura e encerramento;
- Petição inicial que requereu a abertura do arrolamento/ inventário e primeiras
- declarações(elaboradas de acordo com o art. 993 do CPC);
- Despacho inicial;
- Certidão de óbito;
- Certidão e documentos pessoais do(a) inventariado(a);
- Certidões e documentos pessoais dos interessados (herdeiros e cônjuges dos
- herdeiros);
- Termo de compromisso de inventariante;
- Escrituras de cessão e transferência de direitos hereditários, se houver;
- Plano de partilha ou Auto de Adjudicação;
- Certidões negativas de tributos federais, estaduais e municipais;
- Avaliação dos bens realizada pela Receita Estadual;
- Comprovantes de recolhimento dos impostos causa mortis e/ou inter vivos e
- manifestação do órgão arrecadador;
- Informações dos setores do Contador Judicial e Partidor Judicial;
- Sentença homologatória da partilha ou auto de adjudicação;
- Certidão de trânsito em julgado.
Assim que reunida toda essa documentação, os envolvidos na partilha podem dar o próximo passo: a solicitação do formal de partilha.
Quem pode solicitar o formal de partilha?
Para solicitar o formal de partilha basta que um herdeiro dê uma procuração a um advogado para que ele faça o requerimento.
Como emitir o formal de partilha?
Alinhado ao ponto anterior, é necessária a carta de sentença, que possui a finalidade de executar uma ação judicial.
Assim que um dos herdeiros tiver com a posse da carta de sentença, é possível ir ao Cartório de Registro de Imóveis para registrar os imóveis em nome dos envolvidos.
O processo de partilha é uma continuidade do inventário, correndo, inclusive, nos mesmos autos.
Para que o formal de partilha seja emitido, é necessário preencher alguns requisitos:
- A qualificação perfeita dos herdeiros e sucessores;
- Identificação do imóvel;
- Comprovante de pagamento dos tributos como o ITCD ou ITBI, dependendo do caso.
Existe prazo para registrar o formal de partilha?
De acordo com a Lei de Registros Públicos – Lei nº 6.015/1973, não há um prazo fixo estipulado para que a carta de sentença do formal de partilha seja levada para averbação ou registro no cartório de imóveis.
Busque uma instituição de sua confiança!
E então, conseguiu entender do que se trata o formal de partilha? Esperamos ter tirado todas as suas dúvidas e ter lhe ajudado com esse tema! Mas caso ainda haja algum questionamento que você não achou a resposta no artigo, pode contar com a Credihome by Loft! Com a nossa assessoria imobiliária, você terá o apoio de especialistas em tempo integral.
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E se você quer saber mais sobre o assunto, recomendamos a leitura do texto sobre planejamento sucessório!
Comentários
JANAI DE SOUZA FARIAS SILVA
PRECISO ENVIAR UM FORMAL DE PARTILHA PARA O CARTÓRIO REGISTRADORES, GOSTARIA QUE ME DESSE UMA ORIENTAÇÃO COMO PROCEDER. ATT JANAI FARIAS
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