O mercado imobiliário é um segmento relevante para a economia — e, por consequência, tem influência no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Na prática, o setor é afetado pelo crescimento da economia e pode interferir no desempenho do PIB, trazendo resultados positivos quando se desenvolve.
Portanto, é essencial conhecer essas características para compreender as projeções do mercado e avaliar o desenvolvimento da área. Além disso, esse entendimento é um modo de se preparar melhor para o cenário futuro que envolve vendas e lançamentos.
Quer saber mais sobre a relação entre o PIB do país e o mercado imobiliário? Então acompanhe o post e fique por dentro!
- Qual é o objetivo do PIB?
- Como o PIB é calculado?
- Qual é a diferença entre PIB nominal e PIB real?
- Quais fatores influenciam no PIB brasileiro?
- Qual é a relação do PIB e o mercado imobiliário?
- Qual é o cenário participativo do setor imobiliário no PIB do país?
- Quais são as expectativas e tendências para o setor de imóveis?
- Conclusão
Qual é o objetivo do PIB?
Após conferir o significado de PIB, é o momento de saber qual é o objetivo dele na economia. Continue a leitura e descubra as funções desse indicador!
Medir a atividade econômica
Como você viu, o PIB é essencial para medir a atividade econômica de um país. Como esse indicador mede e quantifica a produção total de serviços e bens em uma economia durante um período, ele atua como um termômetro do mercado.
Por isso, o PIB é usado como um indicador-chave do crescimento econômico de uma região ou de um país. A variação desse indicador ao longo do tempo permite avaliar se a economia está estagnada, em expansão ou em recessão.
Planejar políticas
O PIB também tem a função de guiar o planejamento de políticas públicas. Os bancos centrais e Governos ao redor do mundo utilizam esse parâmetro para tomar decisões sobre gastos públicos, investimentos, políticas fiscais e monetárias, entre outros pontos.
Mesmo que ele não seja uma medida direta do bem-estar de uma população, o PIB é muito utilizado como um indicador indireto do padrão de vida das pessoas. Desse modo, a informação pode auxiliar no planejamento de estratégias e políticas públicas.
Comparar países
Outra utilidade do PIB é comparar diferentes países em termos de desempenho econômico. A partir dele, é possível avaliar a competitividade, a produtividade e o desenvolvimento da economia em diferentes contextos, além de verificar como cada área está se desenvolvendo.
Nesse sentido, o PIB pode ser usado para estimar a capacidade produtiva de um país em comparação com outros. Logo, ele ajuda a identificar as áreas que estão em expansão e como os setores podem enfrentar desafios ou limitações.
Como o PIB é calculado?
Como você viu, o PIB é calculado pelo IBGE e considera diversos fatores para chegar ao resultado do indicador. No cálculo, são considerados diversos resultados, como:
- gastos do Governo: consideram tudo o que for gasto para atender a população;
- investimentos: consistem nos gastos que as empresas realizam para aumentar a produção no futuro;
- serviços: incluem aqueles que são prestados e remunerados;
- bens e produtos finais: são aqueles vendidos ao consumidor final.
Por outro lado, existem fatores que não entram nessa soma. Entre eles, estão:
- atividades informais;
- bens já existentes, como imóveis já construídos;
- serviços não remunerados;
- bens intermediários.
Também há três maneiras de calcular o PIB de um país, que devem sempre chegar ao mesmo resultado. Veja quais são elas!
Oferta
O primeiro tipo de cálculo do PIB é pela oferta. Nesse caso, é necessário considerar os diferentes setores econômicos, como serviços, indústria e agricultura. Cada um é analisado para identificar o montante adicionado que ele gera na economia.
A fórmula é a seguinte:
PIB = Agropecuária + Indústria + Serviços
A agropecuária contabiliza a produção pecuária e agrícola. Por outro lado, a indústria trabalha com a transformação de matérias-primas. Já o setor de serviços abrange diversas atividades que não envolvem a produção direta de bens físicos.
Demanda
A segunda maneira de calcular o PIB é por meio da demanda. Aqui, é somado tudo o que foi gasto no país ao longo de um período. Nessa conta, entram os gastos do Governo, o consumo das famílias, os investimentos das empresas e o saldo da balança comercial.
Nesse caso, a fórmula envolve mais elementos:
PIB = Consumo das famílias + Gastos do Governo + Investimentos das empresas + (Exportações – Importações)
Renda
Por fim, há o cálculo da renda. Nessa conta entram todos os rendimentos de empresas e pessoas físicas na economia, como dividendos, aluguéis, salários e mais. A fórmula é a seguinte:
PIB = Salários + Lucros + Aluguéis + Juros + Impostos líquidos sobre a produção
Qual é a diferença entre PIB nominal e PIB real?
Além dos pontos que você conheceu, outro aspecto que vale a pena entender é a diferença entre PIB nominal e real. Cada um deles descreve a atividade econômica de uma perspectiva, sendo influenciado por fatores distintos.
PIB nominal
O PIB nominal é calculado com base nos preços de produtos e serviços quando eles são produzidos. Nesse caso, o indicador considera os impactos da inflação.
Por exemplo, se os preços aumentam com o tempo, o PIB nominal pode aumentar mesmo que a quantidade produzida se mantenha. O contrário pode ocorrer se houver deflação no país, ou seja, uma queda nos preços.
PIB real
Já o PIB real é uma medida ajustada. Ele considera somente as mudanças na quantidade física produzida, desconsiderando os efeitos dos preços. Por essa razão, o cálculo é feito utilizando preços constantes ao longo de determinado período.
Logo, o PIB nominal abrange tanto a variação nos preços quanto a quantidade produzida. Já o PIB real desconsidera os efeitos dos preços e foca na variação da quantidade física produzida.
Quais fatores influenciam no PIB brasileiro?
Agora que você já sabe como o PIB é calculado, vale a pena conhecer os fatores que o influenciam. Veja abaixo alguns exemplos!
Consumo
O primeiro fator que interfere diretamente no PIB brasileiro é o consumo privado, incluindo os gastos das famílias para a aquisição de serviços ou bens. Portanto, quanto maior for o consumo das pessoas, mais esse indicador tende a crescer.
O mesmo raciocínio vale no cenário oposto. Uma queda no consumo pode limitar o crescimento econômico, ou diminuir o PIB, dependendo do comportamento de outros fatores.
Inflação
A inflação consiste no aumento geral e contínuo dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Caso não seja controlada, ela poderá gerar impactos significativos no PIB de um país.
Por exemplo, quando a inflação está alta, o poder de compra da população é reduzido. Os preços mais elevados tornam os bens e serviços menos acessíveis, o que pode levar a uma queda na demanda dos consumidores. Esse fator, por sua vez, diminui a produção e afeta negativamente o PIB.
Exportação e importação
O desempenho das importações e exportações afeta o PIB de modo direto, uma vez que o comércio internacional é um componente significativo da economia. Vale saber que flutuações nas taxas de câmbio, demanda global por produtos brasileiros e condições econômicas de parceiros comerciais têm impacto direto nas exportações líquidas.
Qual é a relação do PIB e o mercado imobiliário?
A relação do PIB e o mercado imobiliário desempenha um papel relevante na economia de um país. Isso se deve ao fato de o setor imobiliário, abrangendo tanto propriedades comerciais quanto residenciais, ser um componente significativo desse indicador.
Ademais, o mercado imobiliário atua como um termômetro econômico valioso. Em tempos de crescimento da economia e confiança no cenário, quando o PIB está em ascensão, pode haver um aumento dos investimentos e maior renda disponível.
Esses fatores podem estimular a demanda por propriedades, tanto por habitação quanto por fins comerciais. Isso ocorre à medida que as empresas expandem suas operações e os investidores buscam diversificar os seus portfólios. Logo, é comum observar um aquecimento no segmento de imóveis.
Contudo, a relação entre o PIB e o setor imobiliário também é afetada por crises econômicas. Durante um período de recessão ou instabilidade na economia, a demanda por propriedades tende a diminuir, o que pode resultar em uma queda nos preços.
Essa incerteza econômica leva tanto empresas quanto pessoas a adotar uma abordagem mais cautelosa em relação ao mercado imobiliário, o que impacta negativamente o seu desempenho.
Ainda, o setor tem um impacto direto nos empregos e na construção. Quando o mercado de imóveis está aquecido, é comum que ocorra um estímulo à construção de novas propriedades, criando vagas de trabalho em áreas relacionadas. Essa geração de emprego, por sua vez, contribui para o crescimento econômico de todo o país.
Por fim, o mercado imobiliário pode ser influenciado pela disponibilidade de financiamento e crédito. Em períodos de juros altos, por exemplo, o acesso ao crédito se torna mais caro.
Isso tende a afetar a atuação de empresas, podendo reduzir a renda, desaquecendo o mercado de imóveis e diminuindo o PIB. Por outro lado, as empresas podem oferecer condições facilitadas para driblar o cenário.
Qual é o cenário participativo do setor imobiliário no PIB do país?
Agora que você já sabe qual é a relação entre o PIB e o mercado imobiliário, chegou o momento de conhecer a contribuição desse setor para o indicador.
De modo geral, ele contribui diretamente para o crescimento da economia por meio da venda e construção de imóveis comerciais e residenciais. Esses fatores geram atividade econômica, empregos na construção civil, gastos com materiais de construção e serviços associados.
Ainda, o setor imobiliário é uma fonte significativa de emprego, não apenas na construção, mas também em áreas relacionadas, como gestão de propriedades. Esses empregos podem contribuir para aumentar a renda disponível das pessoas e o consumo.
Além disso, em muitos casos, o mercado imobiliário atrai investimento estrangeiro, seja para o desenvolvimento de propriedades, seja para a compra de imóveis. Assim, esses investimentos costumam trazer capital adicional para a economia e afetar positivamente o PIB.
Quais são as expectativas e tendências para o setor de imóveis?
Em relação às expectativas de crescimento do segmento imobiliário, saiba que elas são positivas. Conforme o painel de indicadores do 4.º trimestre de 2022 da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), o setor de imóveis manteve um ritmo de crescimento positivo por nichos de entregas e vendas.
Na comercialização, o mercado bateu recorde de vendas no acumulado de 12 meses em 2022, resultando em 9,2%. Em 2023, pelo menos 31% da população brasileira tem a intenção de comprar algum imóvel, de acordo com a associação.
Vale notar que uma das tendências que moldam o mercado imobiliário é a crescente digitalização do setor. Assim, com o avanço das tecnologias de informação e comunicação, cada vez mais transações imobiliárias são feitas online.
Isso se traduz em uma maior eficiência nos processos de venda, menos burocracia e uma experiência mais satisfatória para as pessoas. Outra tendência é o aumento do mercado de aluguel residencial, relacionado com as mudanças comportamentais e demográficas.
Com o aumento da mobilidade urbana e a busca por flexibilidade, muitas pessoas preferem alugar em vez de comprar um imóvel, por exemplo. Ainda, a demanda por moradia como serviço, que combina aluguel de imóveis com serviços adicionais, também está ganhando espaço.
Para quem deseja comprar, entretanto, há muitas oportunidades. Além de imóveis antigos com maior metragem, há lançamentos cada vez mais modernos e com estrutura completa, por exemplo. Assim, há como explorar diversas possibilidades no mercado.
Conclusão
Como você viu, o PIB é um indicador financeiro que mede o desempenho de um país e acompanha a sua evolução. Ele também tem relação com o mercado imobiliário, já que a participação desse setor pode interferir diretamente na economia de uma nação.
Procurando imóveis para comprar? A Loft tem muitas opções!
Deixe seu comentário