Se você está planejando comprar ou alugar um imóvel, saiba que é necessário lidar com diferentes questões para viabilizar a realização desse objetivo. Uma delas diz respeito à comprovação da sua renda bruta mensal, caso opte pelo financiamento.
Essa é uma informação que instituições financeiras utilizam para assegurar a sua capacidade monetária em honrar diferentes compromissos. Logo, a análise é necessária para promover mais segurança ao banco que concede o crédito.
Se você quiser entender de maneira fácil o que é renda bruta mensal, como calculá-la e comprová-la, acompanhe este post até o final!
- O que é renda bruta mensal?
- Qual a diferença dele para receita líquida?
- O que é renda familiar?
- E a renda per capita?
- Quais são os principais tipos de fonte de renda?
- Como calcular a renda bruta mensal?
- Como fazer a comprovação de renda?
- Qual a importância de comprovar renda no processo de compra de imóveis?
O que é renda bruta mensal?
A renda bruta mensal é a quantia total que uma pessoa ou família recebe em um mês, antes da dedução de impostos e outros descontos. Ela corresponde ao montante obtido por meio de diferentes fontes de renda, como salários, aluguéis, benefícios, entre outros.
Esse dado é essencial para análises de crédito, para o seu planejamento financeiro e para suas decisões relacionadas ao consumo e investimentos.
Além disso, é válido destacar que, caso você precise fazer a declaração do Imposto de Renda (IR), é necessário informar a sua renda bruta à Receita Federal. Logo, entender esse conceito é importante para diversas questões do cotidiano, concorda?
Qual a diferença dele para receita líquida?
Após compreender o que é a renda bruta mensal, vale a pena saber como ela se difere da receita líquida — outro termo bastante comum no mercado. A principal diferença entre elas está na dedução de despesas e impostos.
Isso porque, enquanto a renda bruta mensal representa o valor total recebido, a receita líquida é calculada subtraindo-se as despesas e impostos da renda bruta. Ou seja, ela mede a quantia efetivamente disponível após todas as deduções, representando o que sobra dos seus ganhos.
Esses descontos podem envolver:
- retenção do IR na fonte;
- contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
- pagamento de pensão;
- Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) para quem é Microempreendedor Individual (MEI).
Por causa disso, a receita líquida é um indicador mais preciso para avaliar a disponibilidade de recursos financeiros. Afinal, ela considera as obrigações fiscais e outras despesas associadas à obtenção da renda.
O que é renda familiar?
Além de saber o que é renda bruta mensal e qual a sua diferença para a receita líquida, é válido entender o que é a renda familiar. Ela apresenta uma importante distinção em relação aos indicadores anteriores.
A renda familiar é a soma da renda bruta mensal de todos os membros de uma família que vivem na mesma residência. Essa forma de cálculo considera o quanto cada morador recebe, independentemente do grau de parentesco. Logo, esse tipo de renda consiste em uma medida para avaliar o poder aquisitivo e a capacidade financeira de uma família como um todo.
E a renda per capita?
Outro tipo de renda que existe e que também vale a pena conhecer é a renda per capita. Ela corresponde à soma dos rendimentos de uma família dividida pelo número de membros.
Normalmente, esse tipo de renda é solicitado em cadastros de bancos e benefícios sociais. Por meio desse dado, é possível avaliar o poder aquisitivo médio da população e fornecer informações sobre a distribuição de renda em um grupo específico.
Quais são os principais tipos de fonte de renda?
Sabendo o que é renda bruta mensal e quais as suas diferenças para a receita líquida e a renda familiar e per capita, é interessante se aprofundar no assunto.
Para tanto, confira quais são os principais tipos de fonte de renda que uma pessoa ou família pode ter!
Salário (CLT)
A forma mais conhecida de remuneração recebida por um indivíduo é o seu salário. Trata-se de uma fonte de renda obtida por uma pessoa que trabalha em uma empresa, por meio de um emprego formal com carteira assinada (CLT). Em troca, ela recebe mensalmente uma determinada quantia.
Salário (funcionário público)
O salário também é uma fonte de renda para quem é funcionário público — para quem é contratado pelo Governo ou um de seus órgãos em nível federal, estadual ou municipal. Porém, existem estatutos específicos, com garantias e benefícios próprios do setor, o que o diferencia da CLT.
Renda autônoma
Outra fonte de renda bastante comum está relacionada a pessoas que trabalham como profissionais liberais ou autônomos. Ela é proveniente de atividades em que o indivíduo exerce uma profissão por conta própria ou possui um empreendimento, então não há vínculo empregatício.
Aluguel
Além do salário e da renda autônoma, outra forma de receber recursos financeiros é por meio do aluguel de imóveis próprios. Eles podem ser residenciais ou comerciais, voltados a atender diferentes públicos.
Rendimentos de investimentos
Se você investe parte do seu dinheiro no mercado financeiro e recebe rendimentos, como dividendos de ações ou fundos imobiliários (FIIs), esses também são um tipo de remuneração. O mesmo vale para a venda de ativos com lucro ou ganhos no vencimento de títulos de renda fixa.
Aposentadoria ou pensão
Outra fonte de renda que diversas pessoas obtêm está relacionada ao dinheiro recebido por aposentados ou pensionistas. Eles se relacionam a benefícios pagos pelo Governo por meio da Previdência Social.
Benefícios e programas sociais
A fonte de renda também pode estar associada a benefícios e programas sociais. Entre os exemplos estão alternativas como Bolsa Família, seguro-desemprego, auxílio-doença, vale-alimentação, vale-transporte, entre outros.
Como você viu, existem diversos tipos de fontes de renda e cada pessoa pode ter diferentes combinações delas para compor a sua renda bruta mensal.
Como calcular a renda bruta mensal?
Até aqui, você conheceu os principais pontos sobre a renda bruta mensal pessoal, familiar e per capita. Agora, vale a pena entender como calculá-la corretamente.
Esse cálculo não costuma ser muito complexo: basta somar todos os valores recebidos durante um mês específico. Para tanto, é necessário ter um registro preciso das entradas de dinheiro provenientes das diferentes fontes de renda que você recebe, ok?
Com esses dados em mãos, será mais fácil calcular quanto você fatura por mês. Para exemplificar, suponha que você recebe um salário de R$ 4.000, possui um rendimento de aluguel de R$ 800 e uma renda adicional de R$ 300 procedente de um trabalho autônomo.
Nesse contexto, a sua renda bruta mensal total será:
Renda bruta mensal = 4.000 + 800 + 300 = R$ 5.100
Como você pode observar, o cálculo é simples. Porém, isso exige um controle adequado e preciso sobre as suas fontes de renda. No caso da família e da renda per capita, a linha de raciocínio é a mesma. A diferença é que é necessário adicionar os rendimentos de outras pessoas.
Por exemplo, considere que a sua renda bruta seja de R$ 5.100 (exemplo acima) e você mora com seu cônjuge. Ele recebe R$ 3.500 de salário e tem uma renda adicional de R$ 500. Ou seja, a renda bruta mensal dele é de R$ 4.000 (3.500 + 500).
Somando os ganhos, o resultado da renda bruta familiar será de R$ 9.100 (5.100 + 4.000). Simples, não é mesmo? Já para achar a renda mensal per capita, basta dividir esse montante (9.100) por 2, resultando em R$ 4.550.
É preciso incluir os benefícios?
Como você viu nas explicações anteriores, existem diferentes tipos de fontes de renda e cada uma delas deve ser somada para se chegar à renda bruta mensal. No geral, isso significa incluir os benefícios recebidos de modo recorrente.
No entanto, férias, 13º salário e participação nos lucros e resultados (PLR) não devem ser contados ao calcular a renda bruta, ok? O motivo é que eles são rendimentos anuais e não mensais.
Como fazer a comprovação de renda?
Após aprender como calcular a renda bruta mensal pessoal, familiar e per capita, é interessante saber como comprovar a sua renda. Afinal, essa é uma medida necessária em diversas situações, como ao solicitar seu rendimento.
Para comprovar a sua renda bruta mensal, você precisará apresentar alguns documentos que demonstrem a origem e o valor dos seus rendimentos.
A seguir, conheça os principais documentos para comprovar renda!
Contracheque ou holerite
O contracheque é o documento que demonstra a remuneração recebida por uma pessoa em um emprego formal, isto é, em regime CLT. Ele contém não apenas informações sobre o salário base, como também descontos e benefícios.
Para comprovar renda, é comum que seja exigida a apresentação dos holerites, pelo menos, dos últimos 3 meses.
Declaração de Imposto de Renda
Se você precisa declarar Imposto de Renda e já fez o envio em anos anteriores, saiba que essa é outra forma de comprovar a sua renda. Isso porque a declaração consiste em um documento que registra todos os seus rendimentos e fornece uma visão abrangente da sua situação financeira.
Extrato bancário
Além do contracheque, do holerite e da declaração de IR, é possível comprovar a sua renda com a apresentação do seu extrato bancário. Afinal, ele mostra os depósitos e movimentações financeiras realizadas na sua conta, incluindo salários, rendimentos de investimentos, aluguéis recebidos e outros valores.
Convém destacar que, assim como no contracheque e holerite, esse documento deve ser apresentado considerando o período dos últimos três meses, no mínimo.
Contrato de aluguel
Se você possui um imóvel e o disponibiliza para locação, você também pode utilizar o contrato de aluguel para comprovar sua renda. Para tanto, ele deve conter tanto a sua assinatura quanto a do inquilino.
Comprovantes de recebimento de benefícios
Outra forma de confirmar a sua renda é por meio de comprovantes de recebimento de benefícios. Esses são documentos que você pode obter no caso receba aposentadoria, pensão, seguro-desemprego, entre outros.
Declaração de rendimentos autônomos
Caso você seja um profissional autônomo, é necessário apresentar documentos que comprovem a renda gerada por suas atividades. Isso inclui notas fiscais, recibos de prestação de serviços ou extratos de pagamentos recebidos.
Decore
Outro documento que é possível utilizar para comprovar renda é a Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos, conhecida como Decore. Ela deve ser apresentada com o selo do seu contador e é relativa aos ganhos dos últimos seis meses de receita líquida.
Outras formas de comprovação
Além de todas as possibilidades apresentadas para comprovar sua renda, vale ressaltar que existem mais duas alternativas. Elas são especialmente úteis caso você trabalhe por conta própria. As opções são o Recibo de Pagamento de Autônomo (RPA) e o pró-labore.
Essas são as principais formas de comprovar a sua renda, sendo que essa validação serve para diferentes finalidades. Por exemplo, obter crédito, conseguir empréstimos, realizar o financiamento de um imóvel, alugar uma propriedade, entre outras.
Ao mesmo tempo, é oportuno destacar que os bancos e instituições financeiras podem ter outros critérios e requisitos específicos para a comprovação de renda. Portanto, é fundamental verificar quais documentos são necessários em cada caso.
Qual a importância de comprovar renda no processo de compra de imóveis?
Agora que você já sabe com mais detalhes o que é a renda bruta mensal, como calculá-la e comprová-la, vale entender por que ela é tão relevante na compra de um imóvel.
A comprovação de renda é um requisito essencial, pois ela demonstra sua capacidade de pagamento. Por exemplo, em relação às parcelas de um financiamento imobiliário ou ao aluguel a ser pago para morar em uma propriedade.
Trata-se de um cuidado que as empresas e instituições financeiras adotam para garantir mais segurança no negócio e minimizar os riscos de inadimplência.
Ainda, vale observar que a comprovação de renda influencia a análise de crédito, determinando o limite disponível e as condições oferecidas. Quanto maior for a renda comprovada, maior será a possibilidade de obter um financiamento com condições mais atrativas, por exemplo.
Por fim, é válido destacar que a comprovação de renda auxilia na definição do valor de entrada necessário, a partir do preço do imóvel. Isso porque as instituições financeiras estabelecem uma relação entre a renda bruta e o valor do financiamento, conhecido como taxa de comprometimento de renda.
Em geral, essa taxa não deve ser maior do que 30% da renda mensal, de modo que as parcelas do financiamento não devem ultrapassar esse limite.
Entendeu o que é renda bruta mensal, como comprová-la e por que ela é importante? Essa verificação é fundamental para diversas situações, inclusive para adquirir ou alugar um imóvel. Logo, não deixe de obter a documentação adequada para facilitar os processos.
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