Os tapetes são grandes aliados na hora de decorar os ambientes. Eles delimitam espaços, deixam os cômodos mais acolhedores, além de proporcionar conforto térmico e acústico.
Tapete é uma peça importantíssima. É ele que dá o aconchego e faz a ligação entre toda a decoração, diz a arquiteta Ieda Korman. Por isso, ela recomenda que esse item seja escolhido por último, depois dos móveis. Assim, é possível combinar melhor as cores e as texturas, além de saber qual tamanho mais adequado.
Segundo a especialista, o tapete deve sempre ser pensado junto com os outros tecidos, como as almofadas e o estofado do sofá. Ela explica que não é necessário que eles tenham a mesma tonalidade, mas devem estar em harmonia.
Se a base do ambiente for mais neutra, é possível ousar mais na cor e na padronagem do tapete. Agora, se o resto for mais vibrante, a peça deve ser mais discreta.
Além da parte estética, é essencial entender a dinâmica da casa antes de decidir os tapetes, afirma a designer de interiores Daniela Berland, do Estúdio Glik de Interiores. Ela explica que, se na casa houver crianças ou animais, por exemplo, o tapete precisa ser fácil de limpar e de manter. Já se um dos moradores for uma pessoa com alguma questão alérgica, deve-se dar preferência aos modelos sintéticos.
Veja, a seguir, o que avaliar na hora de escolher o tapete para cada cômodo.
Tapete para sala de estar
A peça deve agrupar um conjunto de móveis para ajudar a demarcar o ambiente, afirma Daniela Berland. Por isso, é fundamental escolher um tapete grande, que envolva todo o mobiliário e amplie visualmente o local.
Se for um modelo retangular ou quadrado, o ideal é que ele esteja debaixo dos pés dianteiros do sofá, entrando no mínimo 20 cm para dentro do móvel, recomenda Ieda Korman. A peça também deve exceder a largura do sofá em pelo menos 20 cm de cada lado. As poltronas podem ficar só com os pés dianteiros sobre o tapete ou totalmente inseridas dentro dele.
Quem quiser dar um ar mais rústico à sala pode optar por um tapete de fibra natural, como a palha, a juta, o rattan ou o couro.
Tapete para sala de jantar
Ieda Korman afirma que, na maioria dos seus projetos, não tem usado mais tapete debaixo da mesa de jantar. O principal motivo é facilitar a limpeza no dia a dia, já que a comida acaba caindo no chão.
Para quem deseja ter um tapete na sala de jantar, a arquiteta orienta fugir de modelos muito delicados. Ele tem que ser resistente, porque os pés das cadeiras vão para frente e para trás. Além disso, é importante que seja feito de um material fácil de ser higienizado.
Ela indica o nylon, que não deve ser muito peludo, e o kilim, que exige uma proteção na parte debaixo para não escorregar. Outra orientação de Ieda é evitar tapetes de palha ou materiais similares porque, se cair um vinho, por exemplo, não tem como limpar.
O tapete também deve ser maior que a mesa, abarcando as cadeiras também quando estão abertas. Para não errar na hora de comprar a peça, meça as dimensões do móvel e acrescente pelo menos 60 cm de cada lado.
Tapete para a sala de TV
Uma boa opção para a sala de TV é um tapete peludo, confortável para ficar descalço ou até mesmo deitado. Mas, ao escolher esse modelo, é preciso ter em mente que ele acumula mais pó, em razão da altura dos fios, ressalta Daniela Berland. Ele também não é indicado para um local de passagem, porque vai estragar com mais facilidade, afirma Ieda Korman.
Tapete para quarto
Nada mais incômodo do que sair da cama quentinha e já pisar no chão gelado. Por isso, é necessário ter uma peça macia e confortável, que pode ser de pelinho ou de fibra de algodão, por exemplo.
É possível usar um tapete grande e único, que fique embaixo da cama, ou duas passadeiras, uma de cada lado. No primeiro caso, vale escolher um modelo que saia pelo menos 50 cm para fora das laterais e do pé da cama, indica Ieda Korman. Para facilitar a manutenção, uma dica é comprar um modelo recortado em “U” que envolva a cama, recomenda Daniela Berland, pois, assim, não será preciso removê-lo para fazer a limpeza.
No segundo caso, as passadeiras devem se estender por toda a lateral da cama. Um cuidado é colocar um antiderrapante embaixo delas, para que a pessoa não escorregue no meio da noite ao se levantar.
Tapete para cozinha
Nesse ambiente, o ideal é que a peça absorva bem a água e seja fácil de limpar. Modelos de fibra sintética são uma ótima opção para isso, sugere Daniela Berland.
Tapete para banheiro
Modelos atoalhados (ou seja, feitos com o mesmo tecido de toalha) são a melhor escolha, porque absorvem a água, além de serem leves e laváveis. Para evitar acidentes, é essencial que o tapete tenha um fundo emborrachado e antiderrapante.
Diferentes formatos de tapetes
Tapete pequeno
Numa sala pequena, por exemplo, é um erro optar por um tapete pequeno, porque isso faz o espaço parecer ainda menor. Para dar uma sensação de amplitude ao cômodo, também vale dar preferência a cores mais claras. É possível usar modelos menores no banheiro, na cozinha ou em frente a portas, por exemplo.
Tapete redondo
Em uma sala de estar, o tapete redondo deve ser posicionado sempre no meio do ambiente, entre o sofá e as poltronas. Nesse caso, é preciso ter cuidado na escolha da mesa de centro, diz Ieda Korman. Se ela for quadrada, pode ficar esquisito. O melhor é ter uma mesa redonda ou um jogo com uma peça quadrada ou retangular e outras duas redondas, exemplifica a especialista. Também é possível usar os modelos redondos no meio de quarto de bebê ou em um banheiro, por exemplo.
Tapete moderno
Para um ar mais moderno, uma alternativa é usar um tom neutro na decoração e só o tapete com uma cor bem vibrante, sugere a arquiteta. Se a pessoa tem tudo off white, afirma, ela pode apostar em um tapete turquesa e almofadas com turquesa, verde e amarelo, por exemplo. Isso vale para a sala de estar, para o quarto ou quarto outro cômodo.
Colaboração de Carolina Muniz
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