5 Tendências do mercado imobiliário para 2024
A análise dos dados oficiais da prefeitura de São Paulo mostrou que seis bairros têm a preferência dos compradores de imóveis na capital paulista (veja mais detalhes sobre a metodologia abaixo).
Desde 2019, essas áreas se mantiveram na liderança e são onde mais se negociam apartamentos na cidade, variando apenas a ordem em que aparecem.
Entre janeiro e abril de 2022, mais uma vez esses bairros concentraram a maior parte das 17.180 transações de apartamentos, nessa ordem:
Bairros | Apartamentos transacionados em 2022 |
---|---|
Pinheiros (zona oeste) | 411 |
Vila Andrade (zona sul) | 390 |
Bela Vista (centro) | 377 |
Vila Mariana | 360 |
Perdizes (zona oeste) | 333 |
Jardim Paulista (zona oeste) | 266 |
Para entender como o mercado chegou até aqui, é preciso olhar os dados de compra e venda de apartamentos nos últimos três anos, desde antes da pandemia de Covid-19. O gráfico de compra e venda de imóveis mostra que houve uma queda no número de apartamentos comprados e vendidos logo no começo da pandemia, seguida de uma recuperação em ‘V’.
Mercado imobiliário teve recuperação em ‘V’
“A recuperação acelerada está associada à incerteza com o futuro da economia naquele momento. Em época de elevada instabilidade e ativos financeiros livres de risco, como CDB e tesouro direto, remunerando muito pouco, o mercado imobiliário se tornou a alternativa mais atraente, um porto seguro”, explica o gerente de dados da Loft, Rodger Campos.
Efeitos da pandemia na venda de imóveis
O comportamento do mercado imobiliário em São Paulo pode ser dividido em três períodos:
- Pré-pandemia – entre janeiro e dezembro de 2019;
- Pandêmico – de janeiro de 2020 até julho de 2021;
- Inflacionário – a partir de agosto de 2021.
“No momento pré-pandemia as transações imobiliárias eram crescentes e, se oscilavam, era em um nível mais elevado, perto de cinco mil por mês. Quando começa o período pandêmico há uma queda brusca nas negociações, seguida de uma rápida recuperação. A retomada se mantém acelerada até o momento em que o mercado de crédito imobiliário internaliza o custo dos empréstimos em razão da alta da taxa de juros básica da economia brasileira. Podemos dizer que entramos numa fase inflacionária, que desaquece as transações imobiliárias – devido à perda do poder de compra e à alta dos juros – e fomenta o mercado financeiro, que oferta ativos financeiros livres de risco e com elevada remuneração do capital investido”, resume Campos.
Apartamentos vendidos em 2019
No total, 50.881 apartamentos foram vendidos em São Paulo em 2019. Os bairros em que o mercado esteve mais aquecido foram:
Bairro | Apartamentos transacionados em 2019 |
---|---|
Vila Mariana | 1232 |
Bela Vista | 1196 |
Pinheiros | 1099 |
Vila Andrade | 1077 |
Jardim Paulista | 963 |
Perdizes | 812 |
Consolação | 767 |
Tatuapé | 757 |
Itaim Bibi | 709 |
Ipiranga | 663 |
Apartamentos vendidos em 2020
Em 2020, 50.901 apartamentos foram vendidos na cidade. Mais uma vez, a Vila Mariana lidera o ranking dos bairros com mais unidades transacionadas em São Paulo:
Bairros | Apartamentos transacionados em 2020 |
---|---|
Vila Mariana | 1190 |
Vila Andrade | 1170 |
Bela Vista | 1111 |
Pinheiros | 981 |
Perdizes | 916 |
Jardim Paulista | 894 |
Indianópolis | 697 |
Tatuapé | 682 |
Moóca | 661 |
Consolação | 641 |
Apartamentos vendidos em 2021
Em 2021 foi a Vila Andrade, na zona sul, o bairro com o mercado imobiliário mais aquecido em São Paulo. Em toda a cidade foram vendidas 71.231 unidades:
Bairros | Apartamentos transacionados em 2021 |
---|---|
Vila Andrade | 1640 |
Vila Mariana | 1579 |
Bela Vista | 1469 |
Pinheiros | 1418 |
Perdizes | 1332 |
Jardim Paulista | 1208 |
Indianópolis | 1059 |
Moóca | 1022 |
Consolação | 950 |
Brás | 911 |
Metodologia
O núcleo Loft Dados usou dados da prefeitura de São Paulo sobre o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis. Isso quer dizer que foram consideradas todas as transações imobiliárias de imóveis residenciais verticais – ou seja, de apartamentos – que aconteceram na cidade entre janeiro de 2019 e abril de 2022 em que houve recolhimento de ITBI sobre a área total do imóvel.
Aqui vale lembrar que imóveis comprados na planta ou em fase de construção não pagam ITBI e, portanto, não entraram no levantamento. Imóveis descritos apenas como garagem foram desconsiderados.
A divisão de bairros tem como base o registro no CEP dos imóveis.
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