5 Tendências do mercado imobiliário para 2024
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Alienação fiduciária
É quando um imóvel residencial ou comercial serve como garantia de um empréstimo ou financiamento. Surgiu no Brasil com a criação da Lei de Alienação Fiduciária, em 1997. De acordo com a legislação, a matrícula da casa ou apartamento que está sendo dado como garantia fica em nome da instituição financeira até que a dívida seja quitada.
Em caso de inadimplência, o banco pode levar o bem a leilão. Os bancos tradicionalmente usam a alienação fiduciária nos contratos de financiamento imobiliário.
Alvará
Documento emitido por órgãos públicos, como a prefeitura ou o Corpo de Bombeiros, que autoriza mudanças nas edificações. Reformas estruturais, diminuição ou aumento de áreas construídas, por exemplo, precisam desse tipo de autorização.
Amortização
A amortização nada mais é do que o pagamento de uma dívida. Ou seja, é o processo de redução do saldo devedor em parcelas periódicas até que ele seja totalmente extinto. Quando o tomador de crédito adianta o pagamento de uma parte desse saldo devedor a dívida diminui. Com isso, os juros incidem sobre um valor menor e as parcelas ficam mais baratas.
Área comum
São os espaços compartilhados e acessíveis a todas as pessoas que moram ou trabalham em um condomínio, como piscina, brinquedoteca, academia, corredores, elevadores, portaria e garagem.
Área Privativa
A área privativa de um apartamento é a parte do imóvel de uso exclusivo do proprietário. Ou seja, é a metragem dos cômodos que apenas o morador vai usar, incluindo varandas, garagem e depósitos. O espaço ocupado pelas paredes também entra no cálculo da área privativa.
Área Total
A área total é a soma da área privativa de um apartamento com uma fração da área comum do edifício, em uma divisão entre todos os proprietários e proporcional ao tamanho da unidade. Nessa conta entram corredores, salão de festas, academia e piscina, por exemplo. Muitas vezes essa é a metragem que aparece no anúncio, o que pode confundir os compradores.
Área Útil
A área útil é o espaço que o apartamento de fato tem para ser habitado. Equivale à área privativa menos o tamanho ocupado por paredes e pilares. Em alguns lugares é conhecida como área da vassoura. Garagens e varandas não estão incluídas.
ART
É a Anotação de Responsabilidade Técnica, assinada por um engenheiro civil. A ART informa ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) quem é o responsável por uma obra e resume o que o contrato firmado entre o cliente e o profissional que vai executar o serviço determina. Todas as reformas que alterem a estrutura de uma edificação, como derrubar paredes, trocar pisos e revestimentos ou envidraçar varandas, precisam de uma ART. Para mudanças simples, como pintar paredes, não é necessário.
Averbação
É a anotação de uma mudança estrutural ou de propriedade no registro de um bem imobiliário. Por exemplo: depois de quitar o financiamento, é necessário fazer a averbação do imóvel em um Cartório de Registro de Imóveis para deixar claro que agora ele pertence a um novo dono.
Broker
O mesmo que corretor de imóveis. É o profissional que faz a intermediação de todas as transações imobiliárias, como compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo. O corretor imobiliário também pode trabalhar na administração de bens imobiliários. Para isso, precisa fazer um curso de profissionalização e ter registro no CRECI.
Casa Verde e Amarela (CVA)
Programa do governo federal para financiamento e subsídio de moradias populares em áreas urbanas. O programa faz parte do SFH, com taxas de juros mais baixas que as praticadas pelo mercado, e atende famílias com renda mensal de até R$ 7 mil. Lançado em agosto de 2020 para substituir o antigo Minha Casa, Minha Vida.
Caução
Bastante comum em aluguéis no Brasil, caução é um tipo de garantia – na forma de depósito bancário ou cheque – que assegura a uma das partes que os compromissos financeiros acordados serão pagos.
CCV
O Compromisso de Compra e Venda. É um contrato prévio, assinado entre as partes envolvidas na negociação de um imóvel. No CCV, o comprador afirma que vai pagar o valor estipulado em troca da casa ou apartamento e o vendedor se compromete a entregar o bem imobiliário depois de receber o dinheiro. O CCV é um compromisso preliminar e não vale como escritura!
CIB
Cadastro Imobiliário Brasileiro, substituiu o NIRF para a identificação de propriedades rurais em agosto de 2021. O CIB formado por letras e números e serve para identificar os imóveis rurais e é usado para o preenchimento da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Rural (DITR), para a emissão de comprovantes de situações cadastrais do imóvel ou de certidões negativas de débitos
Consórcio imobiliário
É uma modalidade de crédito em que um grupo de pessoas se junta para comprar imóveis. Mensalmente, todos os participantes pagam o valor da parcela determinado no contrato. A instituição de crédito faz um sorteio entre os poupadores e o ganhador recebe uma carta de crédito no valor total para comprar o bem à vista. Ao longo do consórcio, os participantes também podem dar lances, ou seja, podem oferecer um valor mais alto que a prestação para receber a carta de crédito antes de ser sorteado.
Construcard
É uma linha de crédito da Caixa para a compra de material de construção. Depois de aprovado o empréstimo, o cliente recebe o cartão Construcard e tem até seis meses para comprar insumos em lojas credenciadas pelo banco. Os juros aplicados serão proporcionais ao valor utilizado. O Construcard não serve para pagar mão de obra.
Contrato de gaveta
Um contrato entre as partes, comprador e vendedor, que descreve a aquisição do imóvel em questão e as condições envolvidas. Estar na “gaveta” significa que o contrato não é oficial e nem registrado publicamente em cartório. Os contratos de gaveta trazem risco para os envolvidos na negociação.
Corretagem
A taxa de corretagem é o valor que o corretor de imóveis recebe pelos serviços prestados em uma negociação. A corretagem é paga pelo vendedor de um imóvel e corresponde a um percentual do valor total do bem, que deve ser descrito em contrato. A taxa varia de acordo com o tipo de imóvel urbano ou rural, num valor de 5% a 10%. A Loft cobra uma taxa fixa de 6% de corretagem.
Corretor de Imóveis
O corretor de imóveis é o profissional que faz a intermediação de todas as transações imobiliárias, como compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo. O corretor imobiliário também pode trabalhar na administração de bens imobiliários. Para isso, precisa fazer um curso de profissionalização e ter registro no CRECI. Também conhecido como broker.
CRECI
É a sigla para o Conselho Regional de Corretores de Imóveis, que orienta e fiscaliza o trabalho dos corretores de imóveis. O número do CRECI é o registro profissional do corretor e prova que fez um curso de especialização e atua de forma legalizada.
Custo Efetivo Total (CET)
É o custo total de uma operação de crédito, incluindo todos os encargo, como taxa de juros, tarifas, tributos, seguros e outras despesas. Esse é o valor que de fato vai incidir sobre as prestações de um empréstimo ou financiamento e precisa ser informado para o cliente pela instituição financeira antes da assinatura do contrato. É muito importante que o cliente saiba qual é o CET porque é o que vai incidir na parcela e balizar o que realmente sai do seu bolso.
Dimob
É a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias, entregue anualmente à Receita Federal. A Dimob foi criada em 2003 para fiscalizar o setor imobiliário e de construção. Incorporadoras, imobiliárias e corretores autônomos precisam declarar operações como construção, incorporação, loteamento e intermediação de aquisições de imóveis e pagamentos decorrentes de locação.
Due Diligence Imobiliária
É o mesmo que diligência jurídica. Trata-se da análise feita por advogados ou corretores com experiência em direito imobiliário para saber em que condições físicas um imóvel se encontra e se há alguma pendência judicial ou de documentação. O objetivo da due diligence imobiliária é diminuir os riscos envolvidos em uma transação. Caso algum problema seja identificado, comprador e vendedor decidem que querem seguir com a negociação.
Empréstimo com Garantia de Imóvel
É uma linha de crédito pessoal em que o tomador de empréstimo dá um imóvel como garantia. Tem taxas de juros mais baixas que outras modalidades de crédito e prazos de pagamento mais longos. Durante o período do empréstimo, o proprietário segue usufruindo normalmente do imóvel. Também conhecido como Home Equity.
Escritura
A escritura é um documento que valida um ato jurídico envolvendo uma ou mais pessoas. Na negociação de um imóvel, por exemplo, a escritura formaliza a negociação de compra e venda. É obrigatória e precisa ser assinada perante um Tabelião de Notas.
FGTS
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, uma contribuição compulsória feita por todos os trabalhadores contratados com carteira assinada. O depósito equivalente a 8% do salário é feito pelos empregadores em uma conta em nome do empregado na Caixa.
O fundo de garantia é uma proteção para o funcionário e pode ser sacado no momento da demissão sem justa causa.
O FGTS também serve para a compra à vista de um imóvel residencial no valor de até R$ 1,5 milhão, para a amortização ou quitar o saldo devedor de um financiamento imobiliário. Até dezembro de 2022, o fundo de garantia também poderá ser usado para pagar até 12 parcelas atrasadas do crédito imobiliário.
Fiador
Pessoa é uma pessoa que se responsabiliza pelo pagamento de todas as obrigações de um contrato de financiamento ou empréstimo – inclusive a taxa de juros. O fiador precisa passar por uma avaliação de crédito e ter confirmação de renda para poder assumir esse papel.
Financiamento imobiliário
Tipo de empréstimo a longo prazo – pode chegar a 420 meses, ou seja, 35 anos – concedido por instituições financeiras exclusivamente para a compra de imóveis.
Habite-se
É o Certificado de Quitação do Imposto Sobre Serviços (ISS). Conhecido como Habite-se, o documento atesta que uma obra foi executada de acordo com as normas estabelecidas pela prefeitura. Construções novas ou prédios antigos que tenham passado por reformas estruturais precisam da certidão para que possam ser habitados. Sem o Habite-se um imóvel não pode ser comprado ou vendido.
Hipoteca
É quando um imóvel é dado como garantia de um empréstimo. No caso da hipoteca, o bem continua em nome do proprietário e é feita uma anotação da matrícula do imóvel explicando que está hipotecado.
Em caso de inadimplência, o banco precisa entrar na Justiça com uma ação de execução hipotecária para reivindicar a propriedade do imóvel para levá-lo a leilão. É diferente da alienação fiduciária, em que o bem fica no nome do credor até a quitação da dívida.
Home Equity
Nome como o Empréstimo com Garantia de Imóvel é conhecido no mercado internacional. É uma linha de crédito pessoal em que o tomador de empréstimo dá um imóvel como garantia. Tem taxas de juros mais baixas que outras modalidades de crédito e prazos de pagamento mais longos. Durante o período do empréstimo, o proprietário segue usufruindo normalmente do imóvel.
IGMI-C
É o Índice Geral do Mercado Imobiliário – Comercial, desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). É um indicador da evolução dos preços de imóveis comerciais – como escritórios, shoppings e hotéis. O IGMI-C é calculado a cada três meses com informações fornecidas por investidores, empresas, incorporadoras e entidades de classe.
IGMI-R
É o Índice Geral do Mercado Imobiliário – Residencial, desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP). O índice calcula a rentabilidade dos imóveis residenciais, com base em dados como localização, área do imóvel, características da vizinhança, qualidade do material utilizado no acabamento e quantidade de cômodos. As informações que compõem o índice são tiradas dos laudos de imóveis financiados por bancos. Atualizado mensalmente, o IGMI-R analisa casas e apartamentos em mais de quatro mil municípios em todos os estados do Brasil.
IGP-M
O Índice Geral de Preços do Mercado é um indicador de inflação calculado todos os meses pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IGP-M é calculado sobre a média de preços de produtos e serviços que fazem parte do dia-a-dia dos brasileiros. É o principal índice de reajuste do mercado imobiliário e serve para corrigir os valores do aluguel, por exemplo.
INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção é calculado todos os meses pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para determinar a variação dos custos da construção civil, como materiais de construção, equipamentos e mão de obra. O INCC é usado para reajustar o preço de imóveis vendidos na planta, antes da entrega das chaves.
Indexação
Quando um crédito é ajustado de acordo com um índice, ou indexador, econômico. É aplicado pelos bancos nas taxas de juros para corrigir o valor tomado no empréstimo ou financiamento, ou seja, para que o dinheiro não se desvalorize com o tempo.
INPC
É Índice Geral de Preços aos Consumidor divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir a inflação. O INPC calcula a variação do custo de vida das famílias com renda mensal de um a cinco salários mínimos, que costumam ser mais impactadas pela variação de preços de itens básicos como alimentação, habitação e transporte. O índice é mais restrito que o IPCA.
Interveniente Quitante
Interveniente Quitante é o processo em que uma operação de crédito que tem um imóvel como garantia, como financiamento imobiliário, é quitada por uma instituição financeira para que esse mesmo imóvel seja usado novamente como garantia de um novo crédito, como um empréstimo ou outro financiamento.
É muito usado na venda de um apartamento que já estava financiado, por exemplo. Nesse caso, o comprador escolhe um banco para o crédito imobiliário. Essa instituição financeira paga a dívida que o vendedor tinha com o banco em que havia tomado crédito inicialmente.
Assim, o vendedor recebe só o valor excedente, ou seja, a diferença entre o total da dívida e o que ainda não havia sido pago. Não é uma transferência de dívida. O comprador precisa iniciar o novo financiamento imobiliário do zero. Esse processo pode atrasar a compra e venda de um imóvel.
IPCA
É o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir a inflação. O índice é calculado com base na média de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras de diferentes faixas de renda ao longo do mês. É mais abrangente que o INPC.
O IPCA é usado como correção monetária em contratos de financiamento imobiliário para garantir que o crédito pago pelo cliente não perca valor por causa da inflação. Alguns contratos de aluguel começaram a se balizar neste índice para reajuste visto que o IGP-M sofreu grandes variações recentes com a alta das commodities e o peso do dólar na sua composição.
IPTU
O Imposto Predial e Territorial Urbano é um tributo municipal pago todos os anos pelos proprietários de imóveis residenciais e comerciais em zonas urbanas. A alíquota é calculada sobre o valor venal do bem e varia de acordo com as leis de cada município. Incide apenas sobre áreas edificadas, sobre terrenos é cobrado o ITU.
ITBI
O Imposto de Transmissão de Bens Imóveis é cobrado pelos municípios no momento da transferência de uma casa, apartamento, sala ou terreno. A alíquota varia de acordo com o uso do imóvel (residencial ou comercial) e é calculada sobre o valor do imóvel, com percentuais diferentes para cada cidade. O tributo é pago pelo comprador.
ITCD
O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação é um tributo do estado de Minas Gerais, cobrado de quem recebe um bem ou imóvel como herança ou por doação. É conhecido como ITCMD em outros estados.
ITCMD
É o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação. Tributo estadual cobrado de quem recebe um bem ou imóvel como herança ou por cessão gratuita, ou seja, doação. É conhecido como ITCMD em São Paulo, ITD no estado do Rio de Janeiro e ITCD em Minas Gerais.
ITD
O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações de Quaisquer Bens e Direitos é um tributo do estado do Rio de Janeiro, cobrado de quem recebe um bem ou imóvel como herança ou por doação. É conhecido como ITCMD em outros estados.
ITIV
É o Imposto de Transmissão Inter Vivos, cobrado pelo município de Salvador no momento da transferência de imóveis residenciais e comerciais. O tributo é equivalente ao ITBI em outras cidades.
ITR
Imposto Territorial Rural, pago por proprietários de imóveis rurais. É um imposto federal, mas pode ser fiscalizado e cobrado pelos municípios. Deve ser declarado anualmente à Receita Federal. A alíquota do ITR é calculada sobre o Valor da Terra Nua tributável, que exclui as benfeitorias e plantações do valor total do imóvel.
ITU
Imposto Territorial Urbano, tributo municipal cobrado sobre terrenos em áreas urbanas onde não há edificações. Equivalente ao IPTU para construções.
Juros de Mora
São os juros cobrados como multa sobre uma conta em atraso. Também chamados de juros moratórios, são cobrados apenas sobre o valor da parcela atrasada, independentemente dos juros pré-fixados no financiamento. Quanto mais dias a prestação fica sem pagar, mais juros de mora incidem sobre ela. A taxa máxima é de 1% ao mês.
Laudêmio
É uma taxa cobrada sobre as transações de imóveis construídos em áreas pertencentes à União. O Serviço de Patrimônio da União (SPU) define quais são essas localidades, que incluem edificações que ocupam uma faixa de litoral a até 33 metros da linha da maré alta, perto de instalações militares ou áreas de fronteira. O laudêmio é cobrado a cada transferência da propriedade e deve ser pago antes do registro da escritura do imóvel. O laudêmio não isenta o comprador do pagamento do ITBI. No Rio de Janeiro, existem muitos imóveis nessa condição.
Matrícula do imóvel
A Certidão de Matrícula do Imóvel é o número que identifica aquela propriedade, como a certidão de nascimento de uma pessoa. A matrícula é emitida quando um bem imobiliário é regularizado no Cartório de Registro de Imóveis da região onde está localizado e resume características como localização, tamanho e histórico de compra e venda.
Mutuário
É o tomador de empréstimo. A pessoa que recebe os recursos do financiamento para comprar um imóvel, por exemplo, e é responsável pelo pagamento da dívida à instituição financeira.
NIRF
É o Número do Imóvel na Receita Federal de propriedades rurais. Formado por sete caracteres e um número identificador, serve para identificar os imóveis rurais e é usado para o preenchimento da declaração do Imposto sobre a Propriedade Rural (ITR), para a emissão de comprovantes de situações cadastrais do imóvel ou de certidões negativas de débitos. Em agosto de 2021, passou a se chamar Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), mas as numerações se mantiveram iguais.
Nota promissória
É um título de crédito, ou seja, é um documento em que um devedor assina para assumir a obrigação de pagar o valor descrito na nota. É uma promessa de que aquela dívida vai ser paga em determinada data estabelecida pelo cobrador. Há diferentes formas de emissão de notas promissórias. As mais comuns no mercado imobiliário são pro soluto e pro solvendo.
Permuta de imóveis
Quando uma pessoa troca seu bem imobiliário por outro. Uma permuta pode ser feita sem torna, ou seja, um imóvel pelo outro, ou com torna, que é quando um dos envolvidos dá uma parte em dinheiro para completar o valor de um dos bens.
Pro soluto
É um tipo de nota promissória reconhecida como pagamento efetivo para a dívida, que depois da assinatura passa a ser considerada quitada. No caso da compra de imóveis, se um credor recebe uma nota pro soluto, não poderá desfazer o negócio se o pagamento não for realizado no prazo estipulado.
Pro solvendo
É um tipo de nota promissória em que o valor do documento não é considerado quitado. Ou seja, uma nota pro solvendo não extingue uma dívida. Em caso de compra de imóvel, o negócio poderá ser cancelado se o comprador não pagar a nota promissória na data estipulada no contrato.
RRT
É o Registro de Responsabilidade Técnica assinado por um arquiteto. O RRT informa ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) quem é o responsável pelo projeto ou execução de uma obra. É necessário para todas as reformas que alterem a estrutura de um edifício, como troca de pisos, mudança de layout ou fechamento de varandas.
SAC
É um tipo de amortização de financiamentos imobiliários em que as parcelas começam mais altas e vão reduzindo ao longo do tempo. Isso acontece porque uma parte da dívida é paga todos os meses, com valor fixo. Mas com o montante caindo gradualmente, os juros que incidem sobre ele também diminuem e as prestações vão ficando mais baratas.
Saldo devedor
Valor devido a uma instituição financeira, ou seja, o montante da dívida, abatido mensalmente pelas parcelas. É sobre o saldo devedor que incidem as taxas de juros do financiamento imobiliário, por exemplo.
SBPE
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo é uma linha de crédito oferecida por bancos públicos e privados com recursos vindos da poupança. Pode ser usada para financiar até 80% do valor de imóveis residenciais e comerciais. É a principal fonte de recursos para o financiamento imobiliário no Brasil.
Selic
É a taxa básica de juros da economia brasileira, que influencia todas as outras taxas do mercado, como juros de cartões de crédito, de empréstimos e de financiamentos imobiliários. O nome vem da sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. A Selic é definida a cada 45 dias em uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o órgão formado pelo presidente e diretores do Banco Central. É uma ferramenta bastante utilizada no controle da inflação. Em maio de 2022, a taxa Selic é de 12,75% ao ano.
SFH
O Sistema Financeiro da Habitação foi criado pelo governo federal em 1964 para facilitar o acesso à casa própria. De acordo com as regras determinadas pelo Banco Central, as instituições bancárias precisam destinar 65% dos recursos aplicados nas cadernetas de poupança para a compra de imóveis residenciais num valor de até R$ 1,5 milhão. A Caixa também usa o dinheiro do FGTS para essas linhas de crédito. O SFH permite financiar até 80% do valor do bem em um prazo de até 35 anos, corrigido por uma taxa de juros anual de, no máximo, 12% mais Taxa Referencial. O comprador precisa ter mais de 18 anos e não pode ter outro imóvel na mesma cidade. O SFH também exige a contratação de alguns seguros, que passam a compor o Custo Efetivo Total do financiamento.
SFI
O Sistema Financeiro Imobiliário foi criado pelo governo federal em 1997 para atender à demanda de empréstimos que não se enquadram nas regras do SFH, e inclui imóveis residenciais, comerciais e rurais. Até 90% do valor do bem podem ser financiados pelo SFI e os recursos que bancam o crédito imobiliário vêm de fundos de investimento e fundos de pensão. Não há limite para a taxa de juros anual.
Tabela PRICE
Também conhecida como Sistema Francês de Amortização. Ao contrário do SAC, na Tabela PRICE o valor das parcelas permanece o mesmo ao longo de todo o financiamento imobiliário. Sobre esse valor fixo é calculado quanto vai ser abatido do montante da dívida e quanto vai para o pagamento de juros.
TBF
A Tarifa Básica Financeira (TBF) é a média ponderada dos juros pagos no mercado secundário pelos títulos públicos prefixados do Tesouro Nacional, as Letras do Tesouro Nacional (LTN). A TBF é usada diariamente pelo Banco Central para calcular a TR.
TR
A Taxa Referencial é uma precursora da taxa Selic. Foi criada em 1991 para servir como referência de juros. Atualmente, serve como correção de aplicações financeiras, como a poupança, e de alguns financiamentos. É calculada diariamente pelo Banco Central sobre o valor da Tarifa Básica Financeira (TBF), média ponderada dos juros pagos pelos títulos públicos prefixados do Tesouro Nacional, as Letras do Tesouro Nacional (LTN). A TR em maio de 2022 está na casa de 0,16%.
Usufruto
Usufruto é o direito de gozar ou usufruir de uma propriedade de outra pessoa por tempo indeterminado. A pessoa que recebe o direito, chamada de usufrutuário, pode morar, alugar ou arrendar o imóvel. Um exemplo: no caso de um financiamento imobiliário com alienação fiduciária, o proprietário do imóvel é o banco. O dono, que paga as prestações, tem o usufruto daquele bem e só recebe a propriedade quando quitar o financiamento.
Valor Venal
É o valor base de um imóvel usado pelas prefeituras como parâmetro para determinar a cobrança do IPTU. O valor venal é uma estimativa feita pelo poder público, calculada sobre o preço médio de compra e venda à vista dos imóveis. São considerados critérios variados, como as características estruturais, a área construída, o endereço e a utilização – comercial ou residencial. É diferente do valor de mercado, pelo qual o imóvel costuma ser negociado.
Vistoria de imóvel
É a inspeção de um determinado imóvel para garantir que está tudo nos conformes em relação ao contrato. Para conceder um financiamento imobiliário, os bancos exigem vistorias feitas por especialistas.
(Colaborou Nádia Kaku)